28 de mai. de 2010

Não sonhei com Jesus Cristo, nem com os caracóis do Rei Roberto Carlos...
Nunca senti cheiro de amoras, nem mesmo o sol foi tão forte.
Escuto tom zé, tenho vontade de dançar, de curtir.
Falow
E se fosse pra lamentar, nem me suportaria.
É o acaso, como sempre, derepente, imaginação são belas praias, paisagens tão lindas assim.
Calmo, tento respirar debaixo d`água, meu nariz congela!! Argh!
Penso e não lamento, suporto até o vento empurrar...suporto até o sorriso amarelar...suporto mesmo quando me perco, suporto.

25 de mai. de 2010

E agora?

Penso que seja meio estranho engolir a própria saliva já que é jogada pra fora do corpo pelo cuspi. Penso o submundo, as células tão modernas, experimentando do nojo o cuspi do outro.
Aí chega num dia que as células tão modernas necessitam desse cuspi...até se acostuma.
Foi então que resolvi cortar a língua e só tenho os dedos.
Os dedos digitam imaginações binárias entre indivíduos e essa masturbação mental cria pessoas, crianças e cachorros. Lixo e luxo entre orifícios limpos e fedido, solitários ou não você inventa a herança em qualquer ideologia.
Nunca soube a direção dos meus pés, nem sei quantos dias preciso pra desistir das novas e velhas idéias, claro que não é assim tão automático, apesar que descobri um cirurgião que injeta células manjadas pra enganar e favorecer o relaxamento...
Foi então que virei alcoólatra dos dias cinzas, foi aí então que salivei no copo, nas heranças das idéias esquecidas na mesa do bar, nas neuroses que me libertam por 10 minutos e tudo volta como quem recebe a ressaca, a saliva, assim tão grude.
Quero me internar no melhor sorriso, na melhor sensação pra que não tenha um monólogo subversivo...e sim um romance bizarro de novela mexicana.

24 de mai. de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=kOJeemtIMEM

23 de mai. de 2010

Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade!Sem vontade! pra pensar!

21 de mai. de 2010

"A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente." (Arthur Schopenhauer)

Dois(2), de tão longe pra tão perto, devidamente vestidos e com suas sensações pra viver.
Assim tão incomum, né?
É difícil desperdiçar os sonhos, enxergar milagres no fundo de olhos, assim tão distantes...anulados?
Claro que não?
E quem disse que é tão fácil competir com o orgulho, com o passado ou mesmo com a vontade?

Operei meus joelhos, meu corpo colado, o chão, minha última obra? E se o inferno me salvar?

Insisto em escrever, vicio na solidão de um texto, na vontade que aparece, com ou sem lágrimas, com ou sem sorrisos, com ou sem esperanças.
Que meu corpo se perca nos poréns
...

19 de mai. de 2010

Sobre todos que sonham

Individual, substância deplorável de armazenamento capaz de sufocar qualquer outro coração.
Sonhos, simples objeto de desejo.
Sobre toda alma, talvez nem exista, aqueles 90% do cérebro sem aproveitamento.
Seria "NÓS" tão significativo para sorrir pela vida?
Quando dois ou mais, estiverem em meu nome...em um nome...em um ser....
quando dois ou mais proclamar a libertação do corpo pelo nada....
quando dois ou mais desistir...pra reconstruir....
nada do que se foi vem...vai ficar guardado...com suas chaves sonhos...os desejo que se foram pra alma cerebral que sustenta talvez o câncer!

18 de mai. de 2010

P

O vento aqui de cima é tão bom, porque deixou com que eu pulasse?
Me joguei pela manhã, o vento frio, as palavras frias, a desesperança, a razão só pra ter razão, só pra experimentar, só pra pedir, pelo amor de deus...pule logo e me deixe.
É como se tivesse asas, vejo a cidade correndo, os pombos com medo, alguém pesado vem por aí, alguém que já não quer mais pensar e só sentir, suspirar pelos novos dias, mesmo com a tortura do momento, na descida consegui voar!
Aqui do alto tudo é tão bonito, fico de cima procurando entender porque insiste em me jogar, como se isso fosse libertação daquilo que já aconteceu, porque neste caso o passado é logo ali, sempre imaginando agora.
Na descida zombei das decisões do meu cérebro, do cérebro dela, da canalização do chão...Canalizei todas energias na nuvens e espero daqui...de binóculo...como quem enxerga e deslumbra a beleza do tempo!

17 de mai. de 2010

É preciso ter fogo. Fósforo, isqueiro!
O cigarro de puta, aquele cigarro com gosto de menta, cravo, chocolate ou qualquer sabor pra levar até os milhares de infernos.
Acendeu, como quem nasce. Fumou como quem sentia o gosto, os minutos, os dias e terminou lentamente no cinzeiro.
Lá os desejos, putas ou não putas se juntam aguardando sua simples decomposição.
O fim permanece a cada cigarro, na certeza de perder os dias, queimando os neurônios e sentimentos nas chamas que a vida apresenta.
Poderia até pensar que foi tudo um sonho, um sonho tão longo como a eternidade.
Hoje já não sei se o cigarro está apagado, se já foi fumado ou se nunca existiu cigarro algum. Sou a imperfeição do verbo, da palavra existir, dos suspiros pela felicidade...assim tão decadente.

15 de mai. de 2010

Estou em londrina, penso em tudo que me acorda.
O barulho do ônibus na janela do quarto frio, o alarme, o telefone, estudar, o verbo.
Levantar e lavar o rosto, a água gelada, os tantos pensamentos indo de lá pra cá, algo como acordar e deixar a cabeça ficar estável.
O professor fala sobre o mercado, sobre as monografias, sobre as sensações de escrever um livro, uma paz.
O kiara disse que está feliz, disse que a festa estava boa. Ontem ouvi pink floyd, tomei 5 cervejas junto com o punha e fiquei bêbado. Como assim?
Já não sou mais santo, já não consigo mais tomar e tomar e tomar sem fim, pelo menos de quinta até hoje...será que é amor?
Menina Bar, baladas londrineses...a placa te chama pra dentro e diz:
"NÃO QUERO TER A TERRÍVEL LIMITAÇÃO DE QUEM VIVE APENAS DO QUE É POSSÍVEL FAZER SENTIDO. EU NÃO: QUERO É UMA VERDADE INVENTADA." CLARICE LISPECTOR

acordei bem, acordei com esperanças, acordei sem medo, acordei assim sensacionalista.

14 de mai. de 2010

Vomitou no espelho. Narciso rebelde.
Jogo as cartas, jogo meu corpo no tempo.
O que vivo é dolorido, doença crônica, sufoco.
O que sonho está mais além que os fantasmas no cérebro.
Esqueço o número do meu telefone, ele não toca faz décadas, estou sentado num sofá amarelo, o sofá me esquenta, calibra minha costas, meus pensamentos e dedos...
de manhã é preciso deixar a solidão de lado, é preciso pensar no trabalho, na paz de um rio, nas milhares de células, nos dias perdidos, imaginando, confusion.

13 de mai. de 2010

Foi um salto feito Alice, aquela que caíu dentro de um poço.
O amor só ressuscita se houver suicídio! Não adianta fingir, não adianta. Para um novo fim, um novo começo. Recomeço? Onde e quando? Isso é matar o eu! Enquanto o tempo passa os pensamentos voltam feito máquina do tempo. Salve Dr. Brown, sempre pedindo pra não influenciar o passado nem futuro e deixar que as coisas aconteçam...e sempre influenciando, causando, ferrando com tudo...que, por ser made in usa, tem final feliz.
Lewis Carroll falava de amor...do poço ao julgamento, os amigos, inimigos, atrasos sem fins...o amor é assim..atrasado porque é sempre agora, se virar um pouco o rosto é perigoso perdê-lo, perder pra sempre? talvez não, pra tudo há um novo começo.
E quem disse que acredito em você? Que tudo isso foi uma ilusão-flores-murchas?
Aqui é cheio ...mais há tristeza...a tristeza é um soldado do amor, um soldado baleado mais vivo, sobrevivente, melancólico.

12 de mai. de 2010

E se fosse pra morrer agora, a morte ia chorar de rir na minha cara porque ela não vai querer me levar. Estou fedendo tristeza, como se qualquer acaso fosse mero infarto da vida.
Aí pode aparecer o diabo e pedir pra que eu pule na frente do carro e que todo esse temor pode ser aliviado, o diabo está nu do meu lado e diz com seriedade, diz que tenho livre arbítrio e que é a melhor maneira.
A vida é a tortura da rotina, a tristeza do dia frio e os sentimento rompidos. Estar vivo é imaginar que tudo poderia ter dado certo e que a busca continua, o coração em disparada, o desespero de se sentir humano, máquina de esperanças e prazer.
Volto ao caminho como quem perdeu os ossos, como quem perdeu a pele. A gordura derrete pela terra, cai pelas água e me refaz no mesmo chão, no mesmo centro, no mesmo...
não sei onde estou!

interrogação

Atrás, onde não se perde
espera o relógio, os polegares
partilho meus dias
músicas canibal
vendo meus sentimentos
pra que dores sejam desejados
e que acredite eternidade
nos desejos moribundos
de porta em porta recolhendo o passado
esperando passar a banda, polícia e todos os pássaros
voar, milhares, moídos
lá de cima não me é estranho
os amores se pecam em não existir
manter a rotina é gratidão ao dó
nota, músicas para relaxar
dormir escutando o ventilador
conversando com o silêncio
mascando, engolindo, saliva
penso em desconexo e crio alguns dilemas
quantas vidas vou ter?
sentir é dor no estômago
saudade é plural
uma rosa de plástico, seus ganho espinhos, tortura em existir enquanto é guardada, deixada ali no vaso, plástico, sem vida mais eterna.
outra rosa de vidro, transparente, simples, interno, conflitos, sinceridade.
uma rosa, do cheiro, das cores, dos meses, dos anos, das dores, murcha, quase morta, vida nova, cabeça no espaço, caos, dúvida, porque?
O telefone não toca, nenhuma voz me chama, há vazio, a crucificação e ressurreição, consumir os dilemas no mundo, perpetuar a espécie, a merda de prometheus, de tão deus, capturado, esperanças, esperanças...
Eu queria 100 abraços.

10 de mai. de 2010

Sei lá!

Suposição com sangue,
santificado seja meu corpo
tão deplorável quanto meus sentimento
morto e cuspido
carne e gordura

Com dores agradeço
milhares de cabeças
suspensas pelo ócio
pela rotina das flores
ao sol, sementes viram

quase chorei lama
observo os pássaros
cigarro e nuvens
ela é maravilhosa
não pode ser

preciso da cabeça nula
vazia e merda fabricada
muletas e mais muletas
macabra noite de não saber
pra onde seguir?
porque caminhar?

o que são os desejos
pregados no divino
o amor despedaçando
reconstruindo, refazendo
estou angustiado
belchior pisca na tela
os efeitos das guitarras

vontade mórbida
morto respiro
o filho nem nasceu

meu feto é meu espelho
óculos pouca cama
o karma de tentar sentir

suspirar sem repartir
Ela é meu samba rock, a melodia dos dias, os sentidos ficam assim tão dor-mentes.
O que seria do amor se não tivesse que passar por dias sim, dias não?
Na necessidade, na vontade, no medo, nos dualismos criados todos os dias é necessário respirar por minutos o outro, é necessário descobrir a alma.
O que existe é lindo, aquilo que não sufoca, nasce do caos, nasce da vontade, da busca.
Sentei pra imaginar o futuro e descobri que não penso assim no futuro. Meus orgasmos são poesias nas noites escuras, nos olhos brilhantes, na esperança tão imaculada.
O sangue já não me assusta, o começo é necessário, as idéias são necessárias, formar novas realidades, tudo tão novo, tudo tão simples...os ciclos terminam, encontrar alguém de eternas mudanças.
O homem é construído na angustia de um caos. Os deuses, cada um com seu apocalipse perpetua beleza e desgraça e tudo isso está dentro de cada imagem e semelhança.
Se da terra viemos e pra lá voltaremos, o mundo gira o que é crença, do inconsciente coletivo, dos poderes da alma, dos poros abertos, da sedução do pensamento.
Desejo, vontade, tudo isso é amor...não existe tempo algum.

9 de mai. de 2010

Sou um feto. Um óvulo fecundado, um filho.
Nasci do choro, dos hospitais, dos dias nublados e sujo das cidades.
Meu conforto, minha mãe, um peito, dois peitos.
Não sei quem sou, onde estou, o que é quente, o que é frio, o que me dói, o que me rói.
Não sei quem sou. É aí que ressuscito minha programação mental, minha mãe, o sistema, a rotina e sou o que sou hoje.
E se hoje não sei quem sou?
É porque estive angustiado, porque busco mudar o tempo todo, porque acordo no domingo pro almoço com macarrão com minha mãe pulando na cama, meu pai sorrindo de vermelho, avós, primos, irmão e o cachorro.
Vejo os anos passar num segundo, vejo um tempo que caminhamos juntos, as dividas, os dilemas, o amor, esperanças, respiro no dia o que meu coração pede.

8 de mai. de 2010

O ventilador faz barulho.
O hospital pede silêncio e grita sua sirene.
O silêncio é estímulo pro pensamento, alguém me liga pela noite...alguém tão especial, tão especial que é inacreditável pensar nos sentimentos.
Sem medo ou suor, olhar no fundo dos olhos, no fundo da alma, no cheiro, abraço, perder o sono, ter sono, acordar cedo, tudo pra descobrir a felicidade que nos habita...tudo pra mostrar que o galho seco vira flor e trás frutos.
bom dia aos que respiram.

7 de mai. de 2010

O elefante é surdo, não existe silêncio, existe vazio.
Os bancos de dados no corpo, lembranças de anos de vida. Uma vida dentro de cada pele, de cada suruba neuronal.
Escrevo do banheiro, a modernidade me deixa online aqui.
Existe algo mais nojento que derrubar sangue no tapete da sala?
Ela escorreu e caíu de cabeça, a cabeça foi de cima pra baixo em poucos segundo e todas as lembranças se perderam no escorrimento.
Hoje é sexta, toda sexta é lembrada no texto, talvez porque sinto cheiro de sono, preciso dormir, preciso acordar com os olhos brancos, preciso tomar um suco, hoje é o dia do silêncio, a agenda do valdeir diz tudo que se comemora.
O que beber no dia do silêncio?

5 de mai. de 2010

Bipolar

Respiro a ansiedade de uma indecisão.
Os pulmões ressecados pela chuva que não veio, queimando em seus neurônios o desespero de não saber pra onde.
Fiz uma prece, o melaço gruda nos meus joelhos e me deixa violento com o meu corpo, começo cortando os olhos, mas ela continua ali na minha cabeça, o nariz, a boca, o tato, ela continua na minhas cabeça e eu na dela.
Aqui de fora meu corpo clama por desistência, o cérebro leva o corpo num penhasco e pula pra ficar tetraplégico. Deitado sem ouvir, falar, respirando pelos aparelhos, imóvel, cego.
O cérebro sorri! A alma sorri! O corpo ali, mais vivo que muito defunto por aí.
E ela na cabeça.

3 de mai. de 2010

Meu cachorro tá me chamando!
O texto está me chamando!
Quem vai me esperar?
Pedi uns conselhos pra Lua, isso, a Lua é menina, a Lua não é cachorro, é cadela.
Enquanto ela latia sua vontade de sair correndo pela cidade, minhas digitais presas escrevia isso.
Isso que acontece com a gente, acontece com o mundo inteiro.
Isso, o que é isso?
Um sistema nervoso central, uma simples dor de cabeça, um simples bem estar depois de uma tarde de trabalho, Isso, uma vida.
Gosto de como as conexões vão se armando, gosto do jeito com que o medo toca meu coração, gosto dos sentidos, dos mortos-vivos em praças públicas, de alface, carne e solidão.
O homem sobe em cima da casa pra instalar uma antena.
Esse homem cai de cabeça na piscina da casa e curte minutos de prazer enquanto a dona vai até a feira comprar pastel. O pastel chega murcho e seco, quase vazio. Seria melhor ter comido a ração do cachorro, cadela, Lua.
Eu já vi num telescópio, é bonito entender as estrelas.
O sol com seu suor, despenca lucidez nas cabeças e faz trabalho.
Anoitecer é abundante. Como esperar pro deleite noturno?
Respirar, respirar muito...ter calma, hemodiálise cerebral, suspender os sentidos, sufocar...apaixonar, dilacerar cigarros, angústias, controles remotos, internet sem fio.
Eu não deixei de ouvi-la cantar, meu pensamento está na Lua, ela brilha no meu cérebro suas pelancas fedidas, cheias de amor e fome.
O que fazer?

1 de mai. de 2010

Desistir?

Muito prazer, meu nome é Alessandro Roberto Mastellini Dias. Tenho 24 quase 25.
Demorei todo esse tempo pra chegar nesse texto, demorei muito tempo pra encontrar alguém pra me socorrer, socorrer é compaixão? Socorrer é escutar, falar, deixar com que a vida melhore ao passar dos dias, os pensamentos tão mutáveis, os sentimentos e brigas, os sorrisos amarelados.
Desistir do que? Da vontade de entender o outro, do momento em que encontrei alguém tão igual de realidades como eu, alguém impossível de saber onde vai chegar, totalmente em mutação. Se há alguma coisa entre nós é isso...
E quando um leva o outro e as noites se alongam em conversas sem fim e amores brutos, a vida se faz nos dilemas de todos os dias...desistir porque? Desistir é impossível, todo mundo sabe, todo mundo sente, todo mundo somos nós.
Experimente desistir. A alma desespera, a muleta se desprende e o chão esfola o rosto num vai e vem frenético.
Abraça-me se for capaz.