23 de nov. de 2011

Fecho os olhos e as paredes sonâmbulas fogem. Fico dormindo ao relento, apenas o chão que me sustenta e os sonhos se transferem para um belo oceano. A praia com cheiro de celebração, sorrisos e sentinelas. Num manifesto egocêntrico, alguém se lamenta pela vida do outro, invejoso, queria ele sofrer igual...ter suas pernas amputadas e um céu nublado o ano todo...
mas aí...aí meu amigo....o desprezo sufoca e se multiplica e a célula que talvez fosse um câncer se desdobra em 11 realidades virtuais. O ódio, salivando, espirra seus malditos neurônios...pensamentos perturbadores, lado a lado com a ociosidade da tartaruga.
Despejo minhas mãos na guitarra ao lado da cama, a distorção explode meu cérebro....gotas de sangue jorram pelas orelhas e caem em rios agonizados pela natureza perdida.

( Segundo lendas da TRIBO GUACURUÇUSA, o vírus homem será descongestionados num espirro)

Se fosse parar pra pensar, escorregadio ficaria minha mãos em seus sonhos...ter asas, voar para o além...além da realidade, entre as normais dos dentes, sem vingança e mão amarradas, os joelhos são simples articulações, não me canso de dormir, não me perco em suspiros, não grite muito, você pode atrapalhar os sonhos das paredes...

3 de nov. de 2011

Na longa noite de inverno, novembro. Entre os meses do ano, buscar a essência das coisas, dos objetos, das paráfrases, desconfiando das cores, numa modesta critica contra a modernidade. O tempo suspeito, depois do feriado, finados, mortos foram comidos durante essa noite e o crânio esta cravado dentro da pele de cada um.