10 de mai. de 2010

Sei lá!

Suposição com sangue,
santificado seja meu corpo
tão deplorável quanto meus sentimento
morto e cuspido
carne e gordura

Com dores agradeço
milhares de cabeças
suspensas pelo ócio
pela rotina das flores
ao sol, sementes viram

quase chorei lama
observo os pássaros
cigarro e nuvens
ela é maravilhosa
não pode ser

preciso da cabeça nula
vazia e merda fabricada
muletas e mais muletas
macabra noite de não saber
pra onde seguir?
porque caminhar?

o que são os desejos
pregados no divino
o amor despedaçando
reconstruindo, refazendo
estou angustiado
belchior pisca na tela
os efeitos das guitarras

vontade mórbida
morto respiro
o filho nem nasceu

meu feto é meu espelho
óculos pouca cama
o karma de tentar sentir

suspirar sem repartir

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