17 de mai. de 2010

É preciso ter fogo. Fósforo, isqueiro!
O cigarro de puta, aquele cigarro com gosto de menta, cravo, chocolate ou qualquer sabor pra levar até os milhares de infernos.
Acendeu, como quem nasce. Fumou como quem sentia o gosto, os minutos, os dias e terminou lentamente no cinzeiro.
Lá os desejos, putas ou não putas se juntam aguardando sua simples decomposição.
O fim permanece a cada cigarro, na certeza de perder os dias, queimando os neurônios e sentimentos nas chamas que a vida apresenta.
Poderia até pensar que foi tudo um sonho, um sonho tão longo como a eternidade.
Hoje já não sei se o cigarro está apagado, se já foi fumado ou se nunca existiu cigarro algum. Sou a imperfeição do verbo, da palavra existir, dos suspiros pela felicidade...assim tão decadente.

Nenhum comentário: