29 de jun. de 2009

Sábado

Chovia. Vamos tomar um mate gelado?
Lá estavam, ansiosos pela noite. Vinte duas e trinta. O carro abastecido. A estrada e suas paradas. Entre uma cidade e outra, o pote de ouro e sedutor aditivo para felicidade extrema. Nada pode nos matar.
"O samba não é carioca, o samba não é bahiano..." Na torcida do corinthians entramos, o futuro? Que futuro? Sorrir do "tá vaziii", pessoas olhando, olhando pessoas, o copo cheio de cerveja, um tomando desinfetante, outro procurando olhar garotas com tatuagens verdes e escopetas; era só o começo. Fuja! Corra!
O carro virava transporte aéreo, enquanto a estrada piscava as luzes no chão, passageiros voavam. "É o mundo do tá vaziiii" Anunciavam o futuro.
O começo do fim era a rotina de todo final de semana, aquele bar tinha luz azul ou "luizinho azul". Parado, imaginava o que cada pessoa pensava, se é que pensavam. Música, álcool, drogas, uns com mais outros com menos, o que será que pensavam?
Entre olhares mudos e pensamentos calados, foi difícil sair e ir embora. O pensamento sobrevoa várias estruturas do movimento e mover os músculos da perna era inevitável. O carro molhado da noite-neblina. Tudo branco, esfumaçado, todos acendiam os cigarros na porta de casa e corriam pra dentro. Pastel, Pastel, Pastel...comeu correndo, correu pra cama.
Deitado, já não me sinto tão só, entre o sonho e o pesadelo, acordei 3h, quase na hora do jogo. 3x2. Campeão. Obrigado

27 de jun. de 2009

Não é seguro desabotoar a camisa e sair ao vento
Não é seguro bater o carro num poste para testar o air bag
Não é seguro libertar o assassino porque ele estava bonzinho
Não é seguro respirar em lugar fechado em época de gripe suína
Não é seguro respirar em lugar aberto por causa da poluição
Não é seguro comer alimentos com agrotóxicos
Não é seguro fazer seguro, eles roubam
Não é seguro falar sobre a vida, você pode desistir dela

23 de jun. de 2009

Quem é você atrás dos sonhos?
Distraído com o vento, esperou mais uma vez o dia passar.
Com quantas jóias se conquista uma mulher? Com quantas esperanças se renova o futuro?
Aquela maldita, bendita buceta de veludo, jovem tesouro do pai, liberava a bendita molhada. Entrou e saíu por 2 minutos, era o tempo pro grito estourar os tímpanos.
Grávida, já não sabia se o tempo passou rápido demais, se o vento não soprou pela noite, se os sonhos se foram, se estava morta.

19 de jun. de 2009

O mundo esvaziou;
da janela do meu quarto escuto o frio e os carros alucinados às 3h33 da manhã.
Acordado, fato, este belo sonho é deserto. Vazio como todo grito de desespero, o grito pela boca aberta, a perna aberta, gemendo de lá pra cá. O fim no vômito da madrugada, as larvas felizes, nunca estão sozinhas. Opa, peralá, sozinho é mesma coisa que vazio?
Se está só, está cheio, se está vazio, bendito era o fruto do ventre de alguma puta, porque esse já se foi.

17 de jun. de 2009

Eu me lembro da chuva.
O tempo e suas conspirações, talvez seja isso, chovendo por dentro.
Não é uma canção de amor, nem tenho certeza de tudo, talvez?
Estou com uma faca entre os olhos, onde está? Assistindo televisão?
Espero da chuva o que for inacabado, imperfeito.
Desejo você, chuva.

14 de jun. de 2009

j

Imaginar o futuro nas palmas das maos. Não sei colocar vírgulas nem sei onde foi parar o meu relógio' sem julgamento. What tomé is it? Está frio, jeSus pelado na cruz, mataram tantos frangos ora reforma. A terra produz fritos, face, foice.

10 de jun. de 2009

Acordar correndo, fugindo da cama.
O cigarro cria um romance enquanto queima do lado da máquina.
As folhas no chão, rascunhos de neuróses incoerentes ou sem graça; O respeitável público seria mesmo tão repespeitável?
Enquanto escreve o quinto capítulo, o título, não existe.
Passar um tempo refletindo de como a sua ou a vida do outro é interessante para entrar num livro, trancar super-heróis em letrinhas.
O texto não tem fim. A cada gole na água, o resto da saliva que junta com tantas outras. Escrever é um ato delinquente, masturbação na avenida rio branco.

2 de jun. de 2009

vinte quatro

Lá do alto dos 23, não sabia nem a dor nem a alegria de se viver.
Esperava o tempo passar, os 365 eram assim tão inúteis?
"Abençoado seja esse menino"
Gêmeos, não precisa ter medo de aniversário. Se completa, cada vez mais, a odisséia da vida. Viver morrer, rir e chorar. As lágrimas corriam os olhos, o tempo sentiu medo, o frio, a boca seca, o mate gelado. Cruz, número, céu, inferno. Sentou pra descansar, sentou pra descansar, sentou, apenas, pra descansar e perdeu a melhor parte da vida. Pariu os anos entre a meia e a noite.