31 de ago. de 2009

Os dias andam desconexos, as idéias se misturam e tudo está claro. Tenho momentos de tamanha felicidade, e nestes, me preparo para receber a morte de braços abertos, ela não veio ainda, teria coisa melhor que morrer durante um sorriso?
Não há sorriso verdadeiro, essa palavra só foi pra tornar o texto mais claro. Você, claro leitor, tem que entender de todas as formas que você nunca vai entender qualquer texto, como num espelho, ele suga sua vida pra dentro. Você deve ter gostado né? ...tantas coisas fazem da sua vida uma bela rotina entre o céu e a escuridão. Boa noite, odeio escrever com sono.

28 de ago. de 2009

Ninguém entendeu! Entre umas e outras, a contradição do vinho, embaralhando a cabeça, transforma. Uma linha de tecido entre um ou outro caracter do teclado. O tempo entre o futuro e a solidão. Um copo de café....entenda o progresso. Entre o vento e o tempo, esqueci o melhor caminho, caindo diretamente para o litro de ácool do canto da cozinha. O fósforo, o progresso da chama, entre o pé a o cérebro do início, o pesadelo crescendo dentro do ventre. A vaca, o matadouro, a vida e a rotina, o blog noticiando o nada, informação por dinheiro, por prazer, por ideologia. Quem? Quem? Eu, mais longe que todos vocês, perdido entre tantas outras, outras tantas pior ou melhor que todos.
Me perdi no texto, sem começo, meio ou fim...alguém pisca no msn, alguém pisca na luz do quarto, tantos alguém e nem sei onde deixei meu último cigarro.

25 de ago. de 2009

A.A

Tenho prazos. Terminar isso, aquilo, horas e horas na tela do computador. Será que eu gosto? Sim, e muito. Fim.
Entrei no carro rumo à minha casa, um smashing pumpks rolando no som do carro, volume adequado para ficar um pouco surdo, primeira marcha. GO!
Entre o Copacenter e minha casa, melhor passar pelo centro, ver as mesmas pessoas, descobrir algum acidente, sei lá...
O olhar vazio, a cabeça vazia, cansado...relaxar?
Cheguei em casa, fone de ouvido, fui caminhar. Depois de uma semana chuvosa e sem andar um quarteirão, na primeira volta, minha perna obesa sentia as dores. Fui embora. Mais um volta curtindo o mesmo som, só pra relaxar.
Já em casa meu cachorro latia. Eu fui lá, pulou em cima de mim, Puta merda.
Estou desconfiado. Acho que descobri.
Abri a torneira e a água escorreu lentamente. O fim do banho diário, os pés gelados.
O freezer ficou aberto durante a noite e molhou toda a cozinha. Fui descalço pegar um copo de água no escuro, escorreguei e bati a cabeça. Aí já não lembro de nada, mas imagino.
Não há luz nem treva, não há passado, nem presente, nem futuro. O vazio existe. Imagine parar o tempo, parar o pensamento, parar o copo no ar, imagine. Dentre outras formas de existir, a cabeça enfaixada, já consciente, com os olhos voltados para o horizonte, o silêncio das árvores, dos carros, da razão, esperando um novo momento pra poder, viver infinitamente no vazio.

21 de ago. de 2009

Não! Definitivamente, Não! Não sei quem sou.
Idade? R.G? CPF?
Descobrir partes do corpo e da mente que te mostre que vc cresceu, que vc está ali, vivo? talvez, mas finge que respira!
Descobrir os 10 anos,14, 19, 24? Idade tem personalidade?
Acabo de engordar, emagrecer, perder um fio do cabelo, sentir a unha crescer, cortar, aparar, adaptar, dormir, renascer.
Não sei quem sou. Se soubesse, estaria morto faz tempo.

20 de ago. de 2009

Hoje, aquela, que jaz, pediu pra que eu desligasse a internet. Parecia tão feliz com a futura esperança. Quem tem culpa? A chuva?
Não sei qual o momento certo de insistir no pesadelo do futuro perdido, mas, neste caso, o tempo e todos os relógios ao meu redor nem tem tempo de parar e respirar, os tic-tacs são gozos eternos do presente e a idéia de que a Terra gira, por mais infeliz que vc esteja, aprenda a consumir seu cérebro.
Choveu durante 3 dias...a viúva, coitada, também morreu!
O viúvo, que nem casou, estava livre pra dizer pra todo mundo que era solteiro.
Sorte no amor, azar no jogou. Três moedas lhe davam a sensação de que o mundo era lucrativo, apostou o céu e a terra e morreu afogado na primeira lama. Não sei se ainda tenho tempo pra dizer essa palavras. O som da chuva, o som das gotas, o som do relógio.
Quanto tempo temos para enxergar o vazio?

Casamento de Viúva

O sol apareceu cedo, claro, na manhã ele ressuscita todos os dias. Arder durante todo o dia até descansar. O dia nublado é sinal de melancolia. O sol, deprimido, perde sua força nas nuvens e se entrega ao desespero de uma chuva. Quem criou as nuvens? Quem evaporou a água e fez a chuva?
Chorar é simples. Esvaziar todo pesadelo criado e recriado por si mesmo. Dono da própria esperança e ilusão. Se lançar nas reações do corpo é no mínimo humildade.
Odeio o jeito com que as pessoas me olham.
Odeio a bondade falsificada.
Odeio o sentimento ajustado.
Quero tardes de sol e chuva, tardes deprimentemente alegres.
Onde eu possa amar e odiar o que mais e menos desejo.
Simples. Pop como toda arte. Aberto como todo peito.
O tiro de espingarda rompendo. A facada nas costas.
O cortador de cana, o contador.
O dinheiro livre, leve e solto. O bandido da Cruz.
Ressuscitar a todo momento...
é o lindo desespero de, pelo menos, se imaginar vivo.
Desperdicei o último centavo em troca da sua ignorância. Não é verdade nem é mentira, basta olhar nos jornais a grande soberania da cúpula falida. O cuspe, o grude, a merda das frases bebidas na mesa do pai que abraça o filho e o tem, para fundir nele a mesma função dos bustos das praças. Lhe deram um sobrenome rico?
Seu vô italiano, sua vó russa e a puta que o pariu era virgem. Simples. Bastava uma lista telefônica e o interesse.
Quem liga pra isso?
Enfiaram o charuto no lugar errado, sobrenomes não são respeitáveis.
A realidade de um sonho metralhando diretamente na cabeça, a realidade fora dele. Eu não pedi pra você comprar nada. Está pensando que sou consumista?
Mãos ao alto! Jesus está aqui! Aleluia! Libere seu dinheiro jovem, é para reformar a igreja!
Que mania, a fidelidade é uma nota de cem, só tem fé quem tem vontade de trabalhar pro além.
Mãos ao alto! Fui assaltado indo pro culto. Com os pés descalços, aquele menino correu feito louco ao passar a mão em minha carteira.
Tomar vodca se tornou algo comum de final de semana, como entrar na internet ou comer um lanche. Lá aparece doentes e inteligentes de todas as formas: Cara de coitado, pedindo dinheiro pra comprar remédio pro filho, vendedor de lixa, consumidor de Crack.
Crack? Derivado da coca, light, jogador de futebol.
O vício de sonhar toda manhã a eternidade de uma vida, esperanças iguais que só mudam a cabeça. No final, só querem a liberdade de consumir e destruir o que tem de mais sagrado, o prazer.

15 de ago. de 2009

Sentir o vento tocar o corpo, a natureza dizendo olá, entre as belas estrelas a lua é o sol da noite. Saí pra tomar sol, entre a caminhada, do carro a ponte, as árvores e suas sombras negras, "vamos brindar!" Uma hora da manhã chegou lentamente, seis horas da manhã chegou mais rápido que a uma. Onde vc estava enquanto eu dava um reset? Joguei naquele córrego, todas as angústia de um mundo no cio. Hoje procuro o novo. Maravilha!

14 de ago. de 2009

eu não tenho medo do abandono. Pobre de mim se tivesse. Perdi metade do tempo atrás da ilusão mais bem planejada, quando tudo que queria era uma boa cama e um bom sonho. Repare nas pessoas a sua volta. Estão ali por obrigação? Por costume? ou nem estão ali?
Esperar que vire estátuas mortas, com as mesma idéias todos os dias, da inferioridade ao fim do mundo. Na verdade há uma esperança lá no fundo, mas eu não falo mais sobre issso, vão falar que faço apologia ao suicídio.

7 de ago. de 2009




Tudo bem, pode deixar seu corpo estendido aí...deixe que os vermes termine com o banquete. Suba até aqui!!
Os olhos apontados para o alto, a partir daí...sem corpo...era leve como uma pena...podia voar até as nuvens.
Entre as baratas, o santo julgava seu processo de perdão. Entre uma tosse e outra, foi anunciado, estava enfim liberado para entrar no céu. A porta abriu, entrou.Fechou!
A escuridão que tomava conta foi destruída pela tela inicial do INUVEM, um sistema operacional que tinha como software um programa - First Life.
A tela piscava a seguinte frase: " Escreva o que deseja para sua vida durante toda a eternidade". O cara, um escritor renomado de guerras soviéticas sabia que perversão de uma bomba e desencanou....queria ser o calígula e não morrer...o super homem e ser deus!
Logo que escolheu,"..o véu do templo de rasgou...fenderam se as rochas...etc"..Queria ser deus! E foi o que aconteceu! Deus, triste por saber que todo mundo queria ser ele, virou viciado em pedra e hoje está internado lá na sacristia do vaticano.

5 de ago. de 2009



Eu não gosto do coringa. Não sei jogar! Na disputa entre o céu e o inferno, prefiro esperar a explosão para que ninguém sobreviva. Peço ajuda aos amigos infelizes, peço perdão ao ateus de prontidão, sei que não é por acaso que se entra em algum partido, é uma questão de classe, babaquice ou mera coincidência.
Menti pra todo mundo, até mesmo pro diabo. Pedi a juventude e lhe dei a minha velha e boa lembrança do nada. Ordem e Progresso funciona? Entre mim e o tal de vermelho não. Coloquei pimenta no alimento dele, cuspiu fogo, vomitou e virou um anjo. Anjo de saia curta e uma puta gostosa...Comprei flores de amor...e perdi o tempo assassinando a minha velha e boa lembrança do nada.

4 de ago. de 2009



Na melhor das hipóteses você está triste na beira do mar vendo a onda indo e vindo num dia nublado e frio escutando Sigur'ros. É claro que pra mim isso é felicidade. A minha tristeza é um gole de álcool em lugares que parece que todo mundo está feliz, mas no fundo, estão apenas reproduzindo o ato funcional da conversa pelo nada e a procura da futura trepada mãe dos filhos!
Prefiro a noite, prefiro uma loira, prefiro cerveja gelada, liségicos alucinantes e terapias de choque. Perdi a chave de casa e dormi na calçada. Acordei com um cachorro me lambendo o rosto. Fiquei com medo do noticiário da semana, um bêbado? um drogado? um gordo? Entre todas os personagens que sou, só me reconheço quando me vejo naquela praia, naquela chuva...

3 de ago. de 2009



"Tão singular me fiz plural" Escorregar pelos longos cabelos e sentir o movimento do coração. Há dias não compreendo o que ficou. Olhares que se cruzam nem sempre são de carinho, desprezo...apenas se cruzam. A música já começou, todos estão sentados, todos estão esperando, todos estão. Já parou pra sentir a morte?
Conto no relógio e o vento que bate na face me faz compreender que não se tem tanto tempo pra pensar em tudo que se foi e te fere a cara pra fazer algo novo. Escutando a morte morri...sem respirar. Deitado num canto de um quarto vazio me fiz plural. Dentre as células e os pensamentos que mudam, caí em contradição. Eis a alegria de viver...
Já não sei perder a esperança pq já não construo. Hoje eu só penso em me perder, esquecer o caminho de casa, do escritório, enganar a morte com um novo recomeço.