9 de mai. de 2010

Sou um feto. Um óvulo fecundado, um filho.
Nasci do choro, dos hospitais, dos dias nublados e sujo das cidades.
Meu conforto, minha mãe, um peito, dois peitos.
Não sei quem sou, onde estou, o que é quente, o que é frio, o que me dói, o que me rói.
Não sei quem sou. É aí que ressuscito minha programação mental, minha mãe, o sistema, a rotina e sou o que sou hoje.
E se hoje não sei quem sou?
É porque estive angustiado, porque busco mudar o tempo todo, porque acordo no domingo pro almoço com macarrão com minha mãe pulando na cama, meu pai sorrindo de vermelho, avós, primos, irmão e o cachorro.
Vejo os anos passar num segundo, vejo um tempo que caminhamos juntos, as dividas, os dilemas, o amor, esperanças, respiro no dia o que meu coração pede.

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