25 de mai. de 2010

E agora?

Penso que seja meio estranho engolir a própria saliva já que é jogada pra fora do corpo pelo cuspi. Penso o submundo, as células tão modernas, experimentando do nojo o cuspi do outro.
Aí chega num dia que as células tão modernas necessitam desse cuspi...até se acostuma.
Foi então que resolvi cortar a língua e só tenho os dedos.
Os dedos digitam imaginações binárias entre indivíduos e essa masturbação mental cria pessoas, crianças e cachorros. Lixo e luxo entre orifícios limpos e fedido, solitários ou não você inventa a herança em qualquer ideologia.
Nunca soube a direção dos meus pés, nem sei quantos dias preciso pra desistir das novas e velhas idéias, claro que não é assim tão automático, apesar que descobri um cirurgião que injeta células manjadas pra enganar e favorecer o relaxamento...
Foi então que virei alcoólatra dos dias cinzas, foi aí então que salivei no copo, nas heranças das idéias esquecidas na mesa do bar, nas neuroses que me libertam por 10 minutos e tudo volta como quem recebe a ressaca, a saliva, assim tão grude.
Quero me internar no melhor sorriso, na melhor sensação pra que não tenha um monólogo subversivo...e sim um romance bizarro de novela mexicana.

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