30 de abr. de 2010

Sexta feira, 30.
Sinto cheiro dos males, uma faca corta minha alma de cima pra baixo me transformando em um morto. Morri na ansiedade de sentir, no tempo tão indecente.
A vida anda tão agitada que nem tenho tempo pra esperar o melhor momento, despejando assim noite dentro de noite e tantos céus que amanhecem nublados que é difícil enxergar os olhos no espelho.
Ela diz não com tristeza, mas diz.

28 de abr. de 2010

estufa

Prezado leitor, sei que está aí! Sinto cheiro do bafo. Microorganismos se decompõem sem sentido na língua, língua desgastada pelos anos fumados, amassados, afogados...
Jesus voltará em 2010?
Falar isso ou aquilo de igreja já não tem mais graça quando tudo sou eu. Do pecado ao perdão, da crucificação dos dias, dos pensamentos e palavras, atos e desespero.
Não é pecado sorrir na missa.
Novas mensagens nesse caderno, encontrado na internet, Googlerinômio capítulo 15 do versículo 3 ao 33:
" Sede, tereré! Fome, cabelo! Trabalho, Marte! Cama, mesa e banho, Pernambucanas! Necessidades básica, banheiro! Romance, interrogações! Romance, Exclamações! Romance,Caos! Romance, vermelho! Romance, espelho! Romance, romãs, romanos, guerras, tentativas, suspeitas, suspende, supera, salada, couve flor, e-mail, abacate com leite!"
O sono vem, pálido raro.

27 de abr. de 2010

Respiro o ar do silêncio.
Sentado em meus caninos, um cigarro!
Os barulhos de insetos gritam solidão, na placa de PARE os sinais, respire enquanto exista tempo.
Soube de um cara que sofria pelo outono, outro pelo inverno, nunca vi ninguém sofrer no verão.
Na primavera as flores respiram tudo e a cabeça perde os sentidos em um beijo.

26 de abr. de 2010

O cachorro, o caos, o céu

Um pensamento, daqueles que te puxa pra dentro e sem nenhum sentido você esquece de todo o mundo ao redor. Estava indo embora pra casa, antes, tentamos ir num circo-teatro e não deu certo, surpresas boas durante o espetáculo, vermelho, sangue e paixão, novela do sbt, mas, continuando no que estava falando (o pensamento me fiscou aí), senti que as noites servem pra curar lamentos, ansiedades fugindo com um sorriso, o vento que não secava meu suor, vamos embora daqui!! Entre um tereré e outro, entre um e outro vai e vem do ioio, o silêncio reinava no domingo, domingo de missa, cura interior, pensamentos suspensos, por onde seguir, pra que sentir?
E foi então que ajudei um amigo com seu carro sem gasolina enquanto ia embora, falei sobre as bandas que tocam com orquestras com o outro que estava feito zumbi do meu lado, o time dele ganhou, ele bebeu umas e outras, outras e oto.
Ninguém pediu Otto, talvez porque estão cansamos de ver ela fuder: "fudia de noite e de dia".
"Falow, até amanhã."
Entre uma casa e outra, os milhares de sonhadores em suas camas e eu sonhando, esperando, calmo, vejo um cachorro, um cachorro no meio da rua, um cachorro sossegado, em risco, claro, alguém poderia atropelar, mas, porque não deveria ser eu?
Sua cabeça, sem cabeça.
Logo que matei, morri. O grito de um latido, o silêncio sendo fodido pela morte, os tantos cachorros ao seu lado, o pulmão ainda respirando, os últimos minutos, os últimos sonhos, a luz branca...ei, olha a luz branca...siga a luz branca.
Eu não matei ninguém, o cachorro viu o carro e sorriu feito o "MAILON" (Nome dado pela rapaziada para todos cachorros de rua - Mascara), seus dentes afiados mordiam o pneu, estourou, claro, fazendo com que eu desistisse de seguir. O filho da puta latia, latia, latia, latia, sem fim...
Ele disse: "E por acaso sou mais ou menos forte que você?
E por acaso foi um acaso eu te encontrar?
Quantos já latiram?"
O filme é mudo, o texto é surdo, ninguém ouve.
O cachorro não existe.
O caos não existe.
O céu não existe.
Coisa inexplicáveis acontecem, basta deixar que as nuvens cheguem.

20 de abr. de 2010

Oto

Cheguei com cheiro de fumaça, fome e vontade de fazer conexões interplanetárias. Ansioso, desci do carro e esqueci de trancá-lo. O carro na rua, o carro todo aberto.
Adamantina é uma cidade perigosa?
Se for, meu carro é camuflagem. Lá deixei a carteira, tereré, documento do carro, balas, chicletes, cheiros e desespero. O suor do banco de couro, o som desligado e o pendrive com três mil músicas.
Ninguém apareceu pra levar. Dormi feito um anjo, anjo gordo no frio do meu quarto.
Mamãe, tão legal ao amanhecer, um grito no meu quarto às 7h da manhã... "Alessandro você deixou o carro aberto!! Que horas que chegou? Hoje você vai tomar vacina, de hoje não passa!"
Estou sem entender até agora, já que o carro não foi roubado, eu não comecei a espirrar meus pulmões e meus horários pouco importa, a idéia é chegar.
Essa terça com cara de sexta e realidade de sábado começou com o pé errado, espero pela noite um churrasco que me acalme...mais calmo...bem calmo.

19 de abr. de 2010

O café esfriava na mesa, o jornal amarelado e os restos de bolachas roídas por ratos e fantasmas. Na cabeça o tempo parava. Bastava uma cadeira confortável e o olhos fixados para o quadro do basquiat na estante, pra liberar todo caos.
Perder e ganhar; Quantos mundos é preciso viver pra estar feliz?
O descontentamento é natural do homem, desistir do tempo em que se teve e mudar de direção é tão fascinante quanto uma morte.

Deitado em seu caixão os anos caminham lentamente como quem fica sentado esperando passar, passar, passar...
Existe vida dentro de todo mundo, viver é simultaneamente crises diária de dúvidas...as dúvidas injetam o caos no cérebro e desperta-o.

Despertar do sono profundo é gradativo, o caos é gradativo, você só percebe que já estava quando está explodindo.
Na explosão do caos, o medo, raiva, felicidade, incertezas, desesperos, desgostos, desencontros, amores, fracassos, simplesmente saem à tona e libera minutos contínuos de respiração e escolha para a próxima fase...talvez dure a vida inteira...desde que você descubra o caos antes de explodir.

Quer casar comigo?

18 de abr. de 2010

Caos

Esse poderia ser o melhor texto da minha vida, mais sei que não vou morrer esta noite.
Sei? Ter esperança, imaginar, sentir, consumir o corpo como um copo cheio de vinho com seus dilemas tão surreais. Sentei diante do espelho, disse pra ele que era uma sombra, sorriu dentes amarelos e tristes.
Não há tristeza onde sinto, fora de lá a tristeza é fuga. A bomba explodiu derepente, dedos e cérebros foram cortados, aquele anel caíu e o céu escureceu do alto ao chão.
Angústia que sufocam tanto prazer, o prazer de estar angustiado.
Os pronomes se juntam num belo coral de vozes felizes para que o caminho mude e o eu exista. Quero alguém que me faça bem.

(zeca baleiro)
Me dê um beijo, meu amor
Só eu vejo o mundo com meus olhos
Me dê um beijo, meu amor
Hoje eu tenho cem anos, hoje eu tenho cem anos

E meu coração bate como um pandeiro num samba dobrado
Vou pisando asfalto entre os automóveis
Mesmo o mais sozinho nunca fica só
Sempre haverá um idiota ao redor

Me dê um beijo, meu amor
Os sinais estão fechados
E trago no bolso uns trocados pro café

E o futuro se anuncia num out-door luminoso
Luminoso o futuro se anuncia num out-door

Há tantos reclamos pelo céu
Quase tanto quanto nuvens
Um homem grave vende risos
A voz da noite se insinua
E aquele filme não sai da minha cabeça
E aquele filme não sai da minha cabeça

Rumino versos de um velho bardo
Parece fome o que eu sinto
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí

Há alguns dias atrás vendi minha alma a um velho apache
Não é que eu ache que o mundo tenha salvação

Mas como diria o intrépido cowboy, fitando o bandido indócil
A alma é o segredo, a alma é o segredo
A alma é o segredo do negócio ""

16 de abr. de 2010

Sobre os portais

O universo desagua em números.
Otto, músico e compositor, profetizou o novo começo com a abertura de um portal no dia 11 do 11 de 2011.
Eu, mim, vejo o portal aberto todos os dias, basta olhar os números que o 33 sempre está mostrando os caminhos.
Meu pai trocou de carro, até aí sem problema, o carro foi emplacado essa semana e as descobertas são ainda maiores.
Diz na placa os número 1133. Kablum!! Eureka.
Vou enviar um e-mail pro Otto hoje, descobri a chave para o caminho sem volta, o meio de transporte que vai nos levar para essa outra dimensão, todos estão convidados, lembrando que cabe apenas 5 pessoas no carro.

Já até imagino o dia, 11 do 11 de 2011...3h33 da manhã...com os cintos soltos, os pensamentos confiantes, descobriremos o melhor muro para fazer a passagem...basta acelerar e deixar que os tijolos se transformarão em felicidades e um novo tempo irá recomeçar.

15 de abr. de 2010

Consulta

Mr. Fausto aparece quando quer. Parece que ele descobriu que eu estava precisando de seus ensinamentos. Jogou o Tarot e me pronunciou as seguintes palavras:

Passado - Dez de copas (invertida)
Presentes não valorizados. Tem tanto para estar agradecido, dedique para celebrar o amor e o luxo em sua vida.

Presente - A lua
Os ciclos da natureza sempre dão voltas. O escondido será revelado. Procure sabedoria subtil escondida por trás da luz crua do dia. Emoções, intuição e sonhos.

Futuro - Dez de Espada
Dor e pânico. A desgraça pode insistir, mas mantenha sua reação em perspectiva. Uma espada poderia ter dado o golpe mortal - dez seriam piores? As reações exageradas não servirão de nada. Tudo tem seu fim.


No fim Mr. Fausto deu um sorriso malandro, seus dentes eram podres, dizia que as angústias subiam até os dentes.

14 de abr. de 2010

Yaweh

Saí com a cabeça à toa pela cidade em busca da bala perdida que pudesse explodir meu cérebro e todas as idéias de ontem. Cidade do interior não é tão fácil encontrar o acaso. Sabia que achei?
Vindo do lado direito, atacando lentamente minha cabeça, senti o gosto de sangue na boca. Os bombeiros correram frenéticos, o caos instaurado, a população gritava desesperada de raiva, procurando pela direção da pequena cápsula.
O morto ou vivo caído ali, eu, sepultado em praça pública, desconfigurado, minhocas por todos os lados, tantos pensamentos desperdiçados.
Na autópsia descobriram que afetaram meu lado direito do cérebro, caso isso venha acontecer de novo, não vou saber quem sou ao menos que tudo esteja registrado, por isso escrevo.

13 de abr. de 2010

Sangue e lembranças

Acordei assustado oito da manhã. Meu nariz escorria, era sangue.
O banheiro, papel higiênico, um alívio pro dia mórbido que poderia ter. Não sei porque sangrou, cocei demais, câncer na cabeça, não sei porque, sangrei pela manhã inteira até associar a minha vida de agora e todos os dilemas.
Pra existir tem que sangrar, desgastar, entregar, sentir. Imagino que o caos termina aí, quando sangra, no desespero de estancar é preciso tempo pra poeira baixar e o céu voltar a abrir. Hoje o dia está cinza mas estou feliz. O desprendimento por alguns segundos faz bem pra cabeça esfriar e ter realidade nos sentimentos, o sangue seco no nariz é limpo com água e papel, os dias são sujos e limpos o tempo todo, a vida é crua, carne e osso, sem fritura, por isso dói fuder com a cabeça, com os sentimentos, na primeira vez, na segunda vez, acostumando com as razões de todo tempo, dói muito, difícilmente se arranca lembrança.

Crua - Otto

Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua.
Dificilmente se arranca lembrança, lembrança, lembrança, lembrança...
Por isso da primeira vez dói, por isso não se esqueça: dói.
E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia. fodia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua. É crua.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua. É crua.
Dificilmente se arranca lembrança, lembrança, lembrança, lembrança...
Por isso da primeira vez dói, por isso não se esqueça: dói.
E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia. fodia.

11 de abr. de 2010

Saliva

São os lábios, as línguas, sentidos demasiadamente interessantes.
Engoliu uma cápsula, o intestino sorria igual a um louco, internaram.
O intestino preso, os lábios salivavam.
Quando sinto, imagino. Suado feito rio, desconexo nos amores.
O espelho é sensível, dá pra ver que no fundo dos olhos não há sangue, não há máquinas fotográficas, há fabricação de saliva. Vontade de abraçar o mundo, juntar os meus minutos com o seu, viajar pelas linda e tenebrosas noites, no dia-a-dia que de decompõe numa noite de luas e estrelas, vontade de tomar um chocolate quente com vodca, assistir um filme melancólico e me sentir maravilhado com a vida que segue e muda de posição, segue no intervalo das escolhas, os pensamentos não são cruéis, tenho dúvidas, poderia perder uma tarde imaginando, salivo.
Cheguei do acampamento. As formigas trabalhavam, o churrasco, a música, a cobra, o edredon. Não consegui atender o telefone ontem, é uma dívida que vou ter que cumprir, mais se o trabalho chega na segunda, agora no almoço do domingo, meus pais e avós saboreiam um macarrão e eu neste texto sei quem sou. Um zumbi, acordado desde ontem, trocaria qualquer coisa pra estar do seu lado.
A cachoeira leva os gritos de vontades e deixa o ar pra viver.
Já não sinto meus dedos ressecados, escrever pra me manter acordado, como quem precisa, como quem faz falta, nessa estrada eu já passei tantas vezes, nunca o futuro foi tão real.

9 de abr. de 2010

Sexta frio, 9 de abril

Abrir a janela de casa e deixar o cheiro do frio entrar, só o ruído do sangue que gela dá pra ouvir. Alguém toca no celular, sinceridade à flor da pele não é frieza, é quente. Minha orelha lembra da brisa do mar, do horizonte de tantos navegadores, do sol que vai e volta todos os dias. Preciso esperar, a cabeça fluir, a descoberta que o caos é mudança, a briga com minha ansiedade, compromissos com a eternidade.
Não há lamento, os dias estão mais alegres hoje, tão perto, tão longe.

7 de abr. de 2010

Louco, estou louco.

Alguém tem alguma coisa com isso?
Se durante todos os dias, séculos, segundos o tempo nunca passa, ele sempre está.
Onde está você agora, perdida quanto eu, perdida pela certeza ou incerteza.
Estou com medo de ficar louco, passar o tempo entre nós e ficar no eu. Digitar essas neuroses é clichê de melancolia, por acaso você tem muita coisa haver com isso.
Minha avó disse que todas as panelas da cozinha tem sua tampa, meu avô sorriu e disse que as tampas se perdem na gaveta, tão perdidas que não são encontradas. A idade que aumenta, a cama passa a ser a cadeira de área, quando se tem mais de 60 anos os casais já não conversam sobre a festa do final de semana, o feriado da bebedeira sem fim, os amores correspondidos, os perdidos, os achados, os frustados, os dilemas, os sorrisos.
Meu vô descobriu que as panelas e tampas se perdem durante todos os medos até encontrar a panela qualquer com a tampa qualquer que faça uma ótima alimentação para os netinhos queridos.

6 de abr. de 2010

Terapia, testículo de chocolate.

O ovo, nascimento e omelete, chocolate e ansiedade.
A esperança, renascimento e angústia, sorrisos e telefonemas.
O cérebro, lembrança e vontade, solidão e saliva.
Marte, trabalho e caos, dormir cedo e imaginar.
Dias, Paulo Roberto Dias, meu pai.
Os dias passam, os dias passam e passam e passam.
Eu fico imaginando nós dois nos dilemas, oferendas, sistemas.
Fico resmungando vontade, da voz nos ouvidos, dos sentidos explodindo.
Imagino o que é real, já não tenho medo de sumir.
Pensamentos diabéticos, cheios de açucar, cheios de chantilie, sobremesas exatas.
Sorria, a vida pode ser muito melhor, terapia.

4 de abr. de 2010

Me empresta o isqueiro?

Eu não penso no futuro. 
Quantas vidas tenho numa tarde longa?  

O banco da praça é a odisséia de todos os universos sensíveis. 

Bom dia rosas
Aqui nasce um defunto!
Esse seu cheiro de noite, dos perfumes das meninas, tão lésbicas no espelho, em cima do meu corpo que decompõe sem medo.   
Ele dividiu o pão, do seu corpo à eternidade. O traidor, os soldados tão policiais, os amigos, os finais de semana. Sexta morri, entre um e outro gole da vodca, senti vontade de dividir minha vida por longos séculos, alguém tão sem esperança com tamanha esperança. A chave que se perdeu, caída em qualquer canto ou bolso, entender as maravilhas de ser humano é democratizar as angústias, quanto mais se liberta, mais se desperta a realidade de morte. Morri durante o sono e meu sábado foi um tremendo inferno. Viajar até lá e deixar a esperança não faz acreditar que a eternidade exista.
Voltei, como quem fica, como quem sonha num domingo como todos os domingos. Um tereré pra refrescar e a nostalgia da vontade de todos os dias. Agora que ressuscito, que nem sei quem posso ser, sinto meu sangue escorrer lentamente sobre os rios-veias.

3 de abr. de 2010

Há um despero nos oLhos. A chave perdida é animação surreal. O que perdemos na decadência do sorriso? Amanhã não sei se vou acordar. E se for acordar? Espero a escova de dente surrada do bafo de todas as noites. Acordar pra encontrar você assim tão desligada, com medo do futuro, tanto medo do que pode e do que não pode. Enquanto escrevo ontem, passado, presente e futuro é hoje. Carpe Diem.

2 de abr. de 2010

não pode falar

Segurar, como quem segura. Amarrado adoro e espero.
O amor é crucificado em praça pública! Putas, pseudo-virgens, pouco importa, as idéia me comovem. Sinto e não minto, suspiro.

1 de abr. de 2010

Hoje

Este sou eu
Sempre teu sou
tão são sem te ter
Sou desejo e sopro
do sufuco ao céu

Este sou eu
Sempre meu
entre o tempo pro adeus
pra vontade de te ter

Este sou eu
desejos meus
tão seus
sou eu
O Mundo é Um Moinho
Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.