12 de mai. de 2010

interrogação

Atrás, onde não se perde
espera o relógio, os polegares
partilho meus dias
músicas canibal
vendo meus sentimentos
pra que dores sejam desejados
e que acredite eternidade
nos desejos moribundos
de porta em porta recolhendo o passado
esperando passar a banda, polícia e todos os pássaros
voar, milhares, moídos
lá de cima não me é estranho
os amores se pecam em não existir
manter a rotina é gratidão ao dó
nota, músicas para relaxar
dormir escutando o ventilador
conversando com o silêncio
mascando, engolindo, saliva
penso em desconexo e crio alguns dilemas
quantas vidas vou ter?
sentir é dor no estômago
saudade é plural
uma rosa de plástico, seus ganho espinhos, tortura em existir enquanto é guardada, deixada ali no vaso, plástico, sem vida mais eterna.
outra rosa de vidro, transparente, simples, interno, conflitos, sinceridade.
uma rosa, do cheiro, das cores, dos meses, dos anos, das dores, murcha, quase morta, vida nova, cabeça no espaço, caos, dúvida, porque?
O telefone não toca, nenhuma voz me chama, há vazio, a crucificação e ressurreição, consumir os dilemas no mundo, perpetuar a espécie, a merda de prometheus, de tão deus, capturado, esperanças, esperanças...
Eu queria 100 abraços.

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