21 de jan. de 2011

Uma santa segura minha mãe. É santa porque estou na Bahia. Talvez uma prostituta ou uma esperta que pega facilmente turistas bestas ou ...
"O pessoal tem inveja, você tem que pegar vinte reais na mão e apertar pra eu rezar e tirar a inveja.
Aperta! Aperta!! Me passa esses vintes reais!!
Deus abençoe, a partir de hoje não vai existir mais nada disso".

Paguei meu dízimo e estou curado! Não que eu ainda veja meu semblante, mas tenho inveja de como eu sou e de como eu tenho que ser. As vezes entender o próprio sofrimento é reconciliar com os próprios instintos. O suspense é eternidade enquando a razão é suicídio.
Hoje não imagino, apenas disperdiço meus sofrimentos pelo mundo.

13 de jan. de 2011

Sinto o cheiro da praia, das pessoas entusiasmadas pelo turismo relaxante.
É lá onde os amores vão e vem, cada onda infinitas realidades e eu assim tão singular vivendo um relógio, um termômetro sugando os graus, os movimentos melancólicos.
Vou pra praia, não quero voltar assim. Espero que o cheiro da espuma seja exu em seu extremo divórcio entre o sufoco e a libertade.
O pior de tudo é que as ilusões são ilusões, engasgar com um camarão ou ser mordido por um animal sangue frio, suspender as costas com argolas.

8 de jan. de 2011

Cinzeiro
Amamentação

Suspeito
Suspiro

Cérebro
Miojo

Smoking
Tabaco

Dúvida
Dívida
Divina Comédia

tripas
cotovelos

Saudade
Encaracolados

Barriga
Sangue

Sustenido
Robert Plant

Plante
não colha

Avatar
Adão e Eva

Maçã
Voz

Entopido
Mordido

Água

1 de jan. de 2011

Os sonhos não existem, pensamentos criam e iludem a cabeça ao objetivo de existir.
A paz é suspensa na desgraça da eterna melancolia dos desejos explorados pelo mundo social e desumano. Virar pro lado e perceber a multidão que se tranca nas coisas fáceis é simplesmente ter a noção de que está cada vez mais fácil não existir.
O amor e seus restos humanos, a confiança perdida numa traição, um amor desgovernado apenas pelo sexo extremo e seus desesperos de vida, inteligência jogada no ralo.
O contexto é simples, precisamos sentir pra poder viver, não é um contato corpo a corpo ou o foda bem feito que leva ao paraíso. A classe operário nunca foi ao paraíso. A classe operária transforma porcas em carros, árvore em papel, amor em vômito. A classe operária está entre os milionário e suas putas bem pagas e a cachaça no bar. Não existe o amor senão o interesse de ter uma relação social estável e na duplicidade de carência os sonhos são apenas submissões de sofrimento agudo. O sofrimento estará sempre nos acariciando, suas manias de ter fé, pensamentos positivos, a bela ignorância de perder a realidade sem fabricar uma nova, apenas entrando no sistema, no dia do casamento, as alianças em cima da mesa, o padre homosexual, os padrinhos drogados, a prostituta de branco, a champagne que explode, pena não ser uma bomba.