3 de mai. de 2010

Meu cachorro tá me chamando!
O texto está me chamando!
Quem vai me esperar?
Pedi uns conselhos pra Lua, isso, a Lua é menina, a Lua não é cachorro, é cadela.
Enquanto ela latia sua vontade de sair correndo pela cidade, minhas digitais presas escrevia isso.
Isso que acontece com a gente, acontece com o mundo inteiro.
Isso, o que é isso?
Um sistema nervoso central, uma simples dor de cabeça, um simples bem estar depois de uma tarde de trabalho, Isso, uma vida.
Gosto de como as conexões vão se armando, gosto do jeito com que o medo toca meu coração, gosto dos sentidos, dos mortos-vivos em praças públicas, de alface, carne e solidão.
O homem sobe em cima da casa pra instalar uma antena.
Esse homem cai de cabeça na piscina da casa e curte minutos de prazer enquanto a dona vai até a feira comprar pastel. O pastel chega murcho e seco, quase vazio. Seria melhor ter comido a ração do cachorro, cadela, Lua.
Eu já vi num telescópio, é bonito entender as estrelas.
O sol com seu suor, despenca lucidez nas cabeças e faz trabalho.
Anoitecer é abundante. Como esperar pro deleite noturno?
Respirar, respirar muito...ter calma, hemodiálise cerebral, suspender os sentidos, sufocar...apaixonar, dilacerar cigarros, angústias, controles remotos, internet sem fio.
Eu não deixei de ouvi-la cantar, meu pensamento está na Lua, ela brilha no meu cérebro suas pelancas fedidas, cheias de amor e fome.
O que fazer?

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