4 de abr. de 2010

Ele dividiu o pão, do seu corpo à eternidade. O traidor, os soldados tão policiais, os amigos, os finais de semana. Sexta morri, entre um e outro gole da vodca, senti vontade de dividir minha vida por longos séculos, alguém tão sem esperança com tamanha esperança. A chave que se perdeu, caída em qualquer canto ou bolso, entender as maravilhas de ser humano é democratizar as angústias, quanto mais se liberta, mais se desperta a realidade de morte. Morri durante o sono e meu sábado foi um tremendo inferno. Viajar até lá e deixar a esperança não faz acreditar que a eternidade exista.
Voltei, como quem fica, como quem sonha num domingo como todos os domingos. Um tereré pra refrescar e a nostalgia da vontade de todos os dias. Agora que ressuscito, que nem sei quem posso ser, sinto meu sangue escorrer lentamente sobre os rios-veias.

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