11 de abr. de 2010

Saliva

São os lábios, as línguas, sentidos demasiadamente interessantes.
Engoliu uma cápsula, o intestino sorria igual a um louco, internaram.
O intestino preso, os lábios salivavam.
Quando sinto, imagino. Suado feito rio, desconexo nos amores.
O espelho é sensível, dá pra ver que no fundo dos olhos não há sangue, não há máquinas fotográficas, há fabricação de saliva. Vontade de abraçar o mundo, juntar os meus minutos com o seu, viajar pelas linda e tenebrosas noites, no dia-a-dia que de decompõe numa noite de luas e estrelas, vontade de tomar um chocolate quente com vodca, assistir um filme melancólico e me sentir maravilhado com a vida que segue e muda de posição, segue no intervalo das escolhas, os pensamentos não são cruéis, tenho dúvidas, poderia perder uma tarde imaginando, salivo.

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