Saí cedo de casa, comprei um revólver.
Hoje, 3 de março de 2033.
É inevitável pensar na morte, desde os meus 33 anos sentia que algo incomodava.
Esperei o tempo chegar e aqui estou me despedindo.
Você já deve imaginar que segurei ao máximo o melhor momento, como também deve sentir que meus dias já não são assim tão complicados.
Complicados como passar um dia pensando na maldita alegria desconexa de um olhar, no vento que sopra perfumes dos passos floridos de uma bela vagabunda. Já não existo com esperança, já não sei se minha imaginação é assim tão produtiva, a realidade que sempre criei se fragmentou e aqui estou com esse revólver raspando nos cabelos sujos, no meu quarto sujo, na cama que fede desgosto.
Obrigado! É pela eternidade.
PORRA!!!!!!!!!! Esqueci de comprar a bala.
Se a morte é sensação, uma dor antes do último grito é inevitável.
Uma faca talvez seria a solução ou um salto de qualquer prédio da cidade.
Melhor morrer voando. O foda de tudo isso é o arrependimento no meio do pulo, a imaginação pode me sufocar e meu cérebro desistir de tudo isso.
PORRA! Deixa pra lá, vou pular de BungJump. Se a imaginação não voltar, se o tempo não fluir, irei me despedir todo tempo.
Até
25 de ago. de 2010
22 de ago. de 2010
Nos hospitais, entre o sangue e o desespero, o amor.
Os que se perdem durante o álcool do final de semana, aqueles que fazem com que a vida fique muito pior, horripilante, porque viver não é apenas chegar aos 99 anos...viver não é tempo, sentir não é tempo....viver ultrapassa qualquer tentativa gastronômica, alcoólatra, doenças e qualquer outra coisa.
Viver é se apaixonar todo dia. Não com o espelho, mas com os momentos, os sorrisos, os sentidos.
Eu não consigo deixar de imaginar ela, não consigo simplesmente porque não consigo. É como se eu escolhesse perder ou ganhar na megasena, no show do milhão, no filme de Hollywood, nas novelas.
Enquanto me surpreendo na facilidade de pensar sobre isso, me despedaço de vontade de sentir, nada mais que despertar meus olhos, meus desejos....do cheiro ao sorriso, da vontade ao ato, por favor...me mate na próxima esquina.
Os que se perdem durante o álcool do final de semana, aqueles que fazem com que a vida fique muito pior, horripilante, porque viver não é apenas chegar aos 99 anos...viver não é tempo, sentir não é tempo....viver ultrapassa qualquer tentativa gastronômica, alcoólatra, doenças e qualquer outra coisa.
Viver é se apaixonar todo dia. Não com o espelho, mas com os momentos, os sorrisos, os sentidos.
Eu não consigo deixar de imaginar ela, não consigo simplesmente porque não consigo. É como se eu escolhesse perder ou ganhar na megasena, no show do milhão, no filme de Hollywood, nas novelas.
Enquanto me surpreendo na facilidade de pensar sobre isso, me despedaço de vontade de sentir, nada mais que despertar meus olhos, meus desejos....do cheiro ao sorriso, da vontade ao ato, por favor...me mate na próxima esquina.
19 de ago. de 2010
altruísmo
Alucinações suspeitas pra sentir o poder da existência que sobrevive pela cidade, pelas fantasmagóricas ruas de pedras na praça Sigmund Freud.
Na placa, bem no centro da praça que dá para todas a ruas, uma frase célebre do sujeito que lhe dá o nome:
"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras."
Mais adiante, Tom Zé chorando e sorrindo, simples despedaçando:
Oh Deus, que tens poderes sobre a Terra
Deves dar fim a esta guerra
E aos desgostos que ela traz.
Deves encher de flores os caminhos,
Mais canto entre os passarinhos,
Na vida maior prazer.
E assim, a humanidade seria mais forte,
Ainda teria outra sorte,
Outra vontade de viver.
Não vás, bom Deus,
Julgar que a guerra de que estou falando
É onde estão se encontrando
Tanques, fuzis e canhões.
Refiro-me à grande luta em que a humanidade
Em busca da felicidade, combate pior que leões.
Onde a Dona Divergência com o seu archote
Espalha os raios da morte,
A destruir os casais.
E eu, combatente atingido
Sou qual um país vencido
Que não se organiza mais."
Digo pra ele, mas rapaz, não se desesperes: "A gente já mente no gene"...e ele ri feito cobra e sai correndo pra fora da cidade, talvez sem esperança...
Estou parado, vejo na praça um copo vazio, talvez aqui de longe ele esteja vazio, talvez eu tenha medo desse copo vazio...e continuo longe...e pego no sono...e me perco mais uma vez...na tentativa, na vontade decadente de resistir.
Na placa, bem no centro da praça que dá para todas a ruas, uma frase célebre do sujeito que lhe dá o nome:
"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras."
Mais adiante, Tom Zé chorando e sorrindo, simples despedaçando:
Oh Deus, que tens poderes sobre a Terra
Deves dar fim a esta guerra
E aos desgostos que ela traz.
Deves encher de flores os caminhos,
Mais canto entre os passarinhos,
Na vida maior prazer.
E assim, a humanidade seria mais forte,
Ainda teria outra sorte,
Outra vontade de viver.
Não vás, bom Deus,
Julgar que a guerra de que estou falando
É onde estão se encontrando
Tanques, fuzis e canhões.
Refiro-me à grande luta em que a humanidade
Em busca da felicidade, combate pior que leões.
Onde a Dona Divergência com o seu archote
Espalha os raios da morte,
A destruir os casais.
E eu, combatente atingido
Sou qual um país vencido
Que não se organiza mais."
Digo pra ele, mas rapaz, não se desesperes: "A gente já mente no gene"...e ele ri feito cobra e sai correndo pra fora da cidade, talvez sem esperança...
Estou parado, vejo na praça um copo vazio, talvez aqui de longe ele esteja vazio, talvez eu tenha medo desse copo vazio...e continuo longe...e pego no sono...e me perco mais uma vez...na tentativa, na vontade decadente de resistir.
14 de ago. de 2010
A poesia é dramática ou o entusiasmo é um simples acaso?
Pensar em você me dá cócegas e lágrimas,e por mais que eu sei que vc nem
liga pra isso, eu escrevo, simples fato de buscar a melhor palavra, aquela fugitiva, maldita, bendita.
Cansei das palavras, cansei das fórmulas de simplesmente imaginar que uma luz é apenas uma luz.
A coesão e coerência, irmãs de sangue, são inexatas, tudo é inexato, tudo
Na contradição daquilo que meus dedos dizem,
não me lembro do início do texto, nem de qualquer poesia furada, simples imaginação de vontades,
só queria dizer que estou com saudade.
Pensar em você me dá cócegas e lágrimas,e por mais que eu sei que vc nem
liga pra isso, eu escrevo, simples fato de buscar a melhor palavra, aquela fugitiva, maldita, bendita.
Cansei das palavras, cansei das fórmulas de simplesmente imaginar que uma luz é apenas uma luz.
A coesão e coerência, irmãs de sangue, são inexatas, tudo é inexato, tudo
Na contradição daquilo que meus dedos dizem,
não me lembro do início do texto, nem de qualquer poesia furada, simples imaginação de vontades,
só queria dizer que estou com saudade.
11 de ago. de 2010
Lambidas na UTOPIA
LAMBER
Houaiss diz: "Derivação: sentido figurado. Tocar levemente, atingir de passagem; roçar"
UTOPIA
Wikipédia diz: " O "utopismo" consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo não só absurdamente otimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem."
A língua está sangrando, o espaço de tempo entre meus dejetos e seus dejetos se despencam a cada dia, a língua dói, como quem já perdeu o gosto de procurar, um fim na esperança melancólica de um novo modelo de sobrevivência: eu e você.
Enquanto meu mundo corrói meus sentidos, o universo em caos dá fórmulas de como seguir numa vida medíocre e nem por isso magnífica, santificada na sensação de simplesmente sentir dor. É o prazer de esfolar a língua, a boca, o rosto, as idéias e os dias, só pra conseguir acordar o próximo dia, pra conseguir levantar e correr atrás daquilo que já não dá mais.
É uma "cama de gato", vem de joelhos e empurra sua cabeça com tanta força que é impossível sair dessa sem pelo menos um coma.
Vou procurar uma enfermeira.
Houaiss diz: "Derivação: sentido figurado. Tocar levemente, atingir de passagem; roçar"
UTOPIA
Wikipédia diz: " O "utopismo" consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo não só absurdamente otimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem."
A língua está sangrando, o espaço de tempo entre meus dejetos e seus dejetos se despencam a cada dia, a língua dói, como quem já perdeu o gosto de procurar, um fim na esperança melancólica de um novo modelo de sobrevivência: eu e você.
Enquanto meu mundo corrói meus sentidos, o universo em caos dá fórmulas de como seguir numa vida medíocre e nem por isso magnífica, santificada na sensação de simplesmente sentir dor. É o prazer de esfolar a língua, a boca, o rosto, as idéias e os dias, só pra conseguir acordar o próximo dia, pra conseguir levantar e correr atrás daquilo que já não dá mais.
É uma "cama de gato", vem de joelhos e empurra sua cabeça com tanta força que é impossível sair dessa sem pelo menos um coma.
Vou procurar uma enfermeira.
9 de ago. de 2010
Perguntas são respostas e nada é exato?
Nada, sempre procuro e sempre acho, aqui debaixo da cama talvez esteja dividindo o peso dos meus quilos, nada como qualquer coisa, um ser em decomposição, nada que faz parte de um mundo que nada contra sua ascensão, sempre pra baixo, pro mais pleno vazio, sufocante como câmera de gás, suave como ratos na cabeça, cavando o cérebro e todo o vazio que sempre vai existir, porque nada é tão reflexivo que poderia se chamar amor ou prazer ou dor, e nada seria a fórmula pra encontrar, encontrar, encontrar vidas possuídas por desejo tão comuns, tão certos de que tudo é um conto de fadas e o herói está no espelho, malvado sorriso de viver em busca de tudo que quer e depois deixar de lado e esperar outro, um melhor, talvez tão igual ou diferente, derepente, o nada fica exato e a resposta A ou B pouco importa já que nada nunca vai acontecer.
As vezes me pergunto porque continuo movendo os dedos, os dilemas de um pensamento...
parece que quando escrevo, esqueço e volta a ficar inexato, feito caos.
Caos ou nada, sementes são assim, permanecem.
Nada, sempre procuro e sempre acho, aqui debaixo da cama talvez esteja dividindo o peso dos meus quilos, nada como qualquer coisa, um ser em decomposição, nada que faz parte de um mundo que nada contra sua ascensão, sempre pra baixo, pro mais pleno vazio, sufocante como câmera de gás, suave como ratos na cabeça, cavando o cérebro e todo o vazio que sempre vai existir, porque nada é tão reflexivo que poderia se chamar amor ou prazer ou dor, e nada seria a fórmula pra encontrar, encontrar, encontrar vidas possuídas por desejo tão comuns, tão certos de que tudo é um conto de fadas e o herói está no espelho, malvado sorriso de viver em busca de tudo que quer e depois deixar de lado e esperar outro, um melhor, talvez tão igual ou diferente, derepente, o nada fica exato e a resposta A ou B pouco importa já que nada nunca vai acontecer.
As vezes me pergunto porque continuo movendo os dedos, os dilemas de um pensamento...
parece que quando escrevo, esqueço e volta a ficar inexato, feito caos.
Caos ou nada, sementes são assim, permanecem.
4 de ago. de 2010
Ímã, imagem no espelho.
Afogaram meus sentimentos e morri. Renasci flor, narciso.
Quem eu era? Menos o narciso,nem me via tanto assim,o sentimento era uma forma de realidade, mais e daí? Via ou não? Na verdade eu nem via nada, um eterno eco.
Gritar me incomoda, as músicas me incomodam, na cabeça escutava vontades e medos, essa repetição de polaridades, essa idéia de libertar me empurrando na água.
"Não acredito em não além do que duvido" (R.R) e se me ver assim tão triste é porque ainda sou semente, o inferno me sufoca, mas espera, na primavera, perto de qualquer rio, quero lembrar do dia em que seria a flor no vazo da sua casa, em cima da mesa na sala de jantar.
Quem eu era? Menos o narciso,nem me via tanto assim,o sentimento era uma forma de realidade, mais e daí? Via ou não? Na verdade eu nem via nada, um eterno eco.
Gritar me incomoda, as músicas me incomodam, na cabeça escutava vontades e medos, essa repetição de polaridades, essa idéia de libertar me empurrando na água.
"Não acredito em não além do que duvido" (R.R) e se me ver assim tão triste é porque ainda sou semente, o inferno me sufoca, mas espera, na primavera, perto de qualquer rio, quero lembrar do dia em que seria a flor no vazo da sua casa, em cima da mesa na sala de jantar.
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