Alucinações suspeitas pra sentir o poder da existência que sobrevive pela cidade, pelas fantasmagóricas ruas de pedras na praça Sigmund Freud.
Na placa, bem no centro da praça que dá para todas a ruas, uma frase célebre do sujeito que lhe dá o nome:
"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras."
Mais adiante, Tom Zé chorando e sorrindo, simples despedaçando:
Oh Deus, que tens poderes sobre a Terra
Deves dar fim a esta guerra
E aos desgostos que ela traz.
Deves encher de flores os caminhos,
Mais canto entre os passarinhos,
Na vida maior prazer.
E assim, a humanidade seria mais forte,
Ainda teria outra sorte,
Outra vontade de viver.
Não vás, bom Deus,
Julgar que a guerra de que estou falando
É onde estão se encontrando
Tanques, fuzis e canhões.
Refiro-me à grande luta em que a humanidade
Em busca da felicidade, combate pior que leões.
Onde a Dona Divergência com o seu archote
Espalha os raios da morte,
A destruir os casais.
E eu, combatente atingido
Sou qual um país vencido
Que não se organiza mais."
Digo pra ele, mas rapaz, não se desesperes: "A gente já mente no gene"...e ele ri feito cobra e sai correndo pra fora da cidade, talvez sem esperança...
Estou parado, vejo na praça um copo vazio, talvez aqui de longe ele esteja vazio, talvez eu tenha medo desse copo vazio...e continuo longe...e pego no sono...e me perco mais uma vez...na tentativa, na vontade decadente de resistir.
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