25 de ago. de 2010

Saí cedo de casa, comprei um revólver.
Hoje, 3 de março de 2033.
É inevitável pensar na morte, desde os meus 33 anos sentia que algo incomodava.
Esperei o tempo chegar e aqui estou me despedindo.
Você já deve imaginar que segurei ao máximo o melhor momento, como também deve sentir que meus dias já não são assim tão complicados.
Complicados como passar um dia pensando na maldita alegria desconexa de um olhar, no vento que sopra perfumes dos passos floridos de uma bela vagabunda. Já não existo com esperança, já não sei se minha imaginação é assim tão produtiva, a realidade que sempre criei se fragmentou e aqui estou com esse revólver raspando nos cabelos sujos, no meu quarto sujo, na cama que fede desgosto.
Obrigado! É pela eternidade.
PORRA!!!!!!!!!! Esqueci de comprar a bala.
Se a morte é sensação, uma dor antes do último grito é inevitável.
Uma faca talvez seria a solução ou um salto de qualquer prédio da cidade.
Melhor morrer voando. O foda de tudo isso é o arrependimento no meio do pulo, a imaginação pode me sufocar e meu cérebro desistir de tudo isso.
PORRA! Deixa pra lá, vou pular de BungJump. Se a imaginação não voltar, se o tempo não fluir, irei me despedir todo tempo.
Até

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