Nossa dor, um pote de manteiga em cima da estante, velho e fedido vendo a novela. A novela, cenas subvertedoras da historia moral do sucesso, a estrela que brilha transportando simplicidade. Nosso casaco na porta da sala, no masoquismo do suspense pro final de semana, chocolate amargo com ervas na banheira de hidromassagem.
Sinto informar, nossos dias contados estao acabando. Prenderam os sentidos na torneira e cortaram a agua, cortaram os canais neuronais, supostas pessoas gritam marcadas de boi, la fora o sol pede a nudez, pelados afogam seus cerebros no boteco do lado, marte respira vermelho, quente imaginacao, sem pecado, proibido ser santo.
26 de ago. de 2011
19 de ago. de 2011
O dia em que o sangue parou
Ressecado pelas estradas, a cidade que gira sem respirar, suspenderam o céu. O fenômeno, direto das palavras, uma democracia televisiva, gasolina queimando na sala, carros explodindo, o fenômeno aquece, o suspeito grito das rodas, aceleram e pregam entusiasmo. Encolho os olhos, tentativa de hemodiálise, o dia é iniciado, a cafeína, portanto, o desenvolvimento dos tsunamis são criações desenvolvidas para preservar a vida. Nessa madrugada, um cheiro de esgoto, um cheiro de dia, um cheiro de luz.
18 de ago. de 2011
Sobre relógios
Respiro, respiro, respiro, espirro, sufoco, salivo, acordo. Alarme coadjuvante, só me faz lembrar do barulho, já estou acordado.
Tênis, meia, mala, maça, massa! Um dia, sobre o olhar das 24horas e seus delitos, terrorismo-poético de existir. Qual a loucura que tenho pra hoje? Ir parar na lua ou simplesmente sentar escutando o ruído no corpo.
O pássaro que sai da gaiola, FUN! FUN! a cada hora, o sino da igreja, o galo do fundo de Marte, mais vivo que Jesus em cima da cruz. Ele me lembra todos os dias as 4h da manhã que deveria estar fazendo o que estou fazendo, afinal de contas, as horas passam e os dias nunca tiveram 24h, nem 12h, nem 2h, nem 1h, nem alguns segundos....todo o tempo do mundo é meu desespero e estou morto nesta bolha, nesta assembléia, nesse movimento sistemático, orgasmatic.
Tênis, meia, mala, maça, massa! Um dia, sobre o olhar das 24horas e seus delitos, terrorismo-poético de existir. Qual a loucura que tenho pra hoje? Ir parar na lua ou simplesmente sentar escutando o ruído no corpo.
O pássaro que sai da gaiola, FUN! FUN! a cada hora, o sino da igreja, o galo do fundo de Marte, mais vivo que Jesus em cima da cruz. Ele me lembra todos os dias as 4h da manhã que deveria estar fazendo o que estou fazendo, afinal de contas, as horas passam e os dias nunca tiveram 24h, nem 12h, nem 2h, nem 1h, nem alguns segundos....todo o tempo do mundo é meu desespero e estou morto nesta bolha, nesta assembléia, nesse movimento sistemático, orgasmatic.
2 de ago. de 2011
O pulmão
Os pés emborrachados, os músculos aquecidos, os fones ligados e os passos sequenciados no ritmo cadente de bundas ambulantes. Os óculos escuros desligados, a noite chega sem estrelas, o laboratório, ambiente que te puxa pra corrida maluca pela eternidade. O sangue aquece o corpo, o corpo aquece a mente, a mente respira caos. O caos aparece acariciando, como quem oferece o mundo inteiro e todos os sentidos em uma volta no laboratório, crianças correm livremente, música em todos os cantos....as árvores dançam e os passarinhos fazem seus ninhos de amor e alegria. Um carro desgovernado vem em minha direção, atravessa a calçada e atropela um cachorro, a máquina fotográfica está no carro. Uma foto, duas fotos, três fotos e o caminho não me deixa sair, não me deixa descolar. Corre! Corre! Vai chover! - Noticia o caminhão da Ultragás.
Meu futuro é um palito de fósforo apagado, nos caminhos eternos do caos, são poucas as vezes que se consegue pólvora, pavor e medo, a cabeça chega em momentos cheios de liberdade que o mais difícil é engolir a janta e tomar água.
Meu futuro é um palito de fósforo apagado, nos caminhos eternos do caos, são poucas as vezes que se consegue pólvora, pavor e medo, a cabeça chega em momentos cheios de liberdade que o mais difícil é engolir a janta e tomar água.
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