Nossa dor, um pote de manteiga em cima da estante, velho e fedido vendo a novela. A novela, cenas subvertedoras da historia moral do sucesso, a estrela que brilha transportando simplicidade. Nosso casaco na porta da sala, no masoquismo do suspense pro final de semana, chocolate amargo com ervas na banheira de hidromassagem.
Sinto informar, nossos dias contados estao acabando. Prenderam os sentidos na torneira e cortaram a agua, cortaram os canais neuronais, supostas pessoas gritam marcadas de boi, la fora o sol pede a nudez, pelados afogam seus cerebros no boteco do lado, marte respira vermelho, quente imaginacao, sem pecado, proibido ser santo.
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