2 de ago. de 2011

O pulmão

Os pés emborrachados, os músculos aquecidos, os fones ligados e os passos sequenciados no ritmo cadente de bundas ambulantes. Os óculos escuros desligados, a noite chega sem estrelas, o laboratório, ambiente que te puxa pra corrida maluca pela eternidade. O sangue aquece o corpo, o corpo aquece a mente, a mente respira caos. O caos aparece acariciando, como quem oferece o mundo inteiro e todos os sentidos em uma volta no laboratório, crianças correm livremente, música em todos os cantos....as árvores dançam e os passarinhos fazem seus ninhos de amor e alegria. Um carro desgovernado vem em minha direção, atravessa a calçada e atropela um cachorro, a máquina fotográfica está no carro. Uma foto, duas fotos, três fotos e o caminho não me deixa sair, não me deixa descolar. Corre! Corre! Vai chover! - Noticia o caminhão da Ultragás.
Meu futuro é um palito de fósforo apagado, nos caminhos eternos do caos, são poucas as vezes que se consegue pólvora, pavor e medo, a cabeça chega em momentos cheios de liberdade que o mais difícil é engolir a janta e tomar água.

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