28 de nov. de 2010

Simples. Um abajur está aceso do outro lado da cama. O semáforo está desligado na avenida. O castelo está em chamas. O navio nunca chegou onde eu moro. Não há porto.
Alguém grita da cozinha. Um parto, uma ida ou uma libertação?
O manifesto da decomposição dos números. O dinheiro o absurdo da felicidade.
" Sorrisos, creme dental e tudo. E por que é que a felicidade
anda me bombardeando? Diga, Zezé.
- Anda o que, Dodó?
- Anda me bombardeando.
- Ah! É pra provar que ninguém mais tem o direito de ser infeliz,
viu, Dodó?"
A bolsa estourou. O grito continua. A modernidade é extremamente nula.
Abóboras plantadas na calçada sustentam a juventude.

Um comentário:

Akemi disse...

'Fez dele razão pra se perder
No abismo que é pensar e sentir'