31 de mar. de 2010

As maravilhas de ser humano.

O corpo parado é idéia, luz no fim do túnel.
O amor se perdeu entre a vontade de partir e de ficar, a dúvida é descoberta.
Você está feliz sempre? Os pedreiros tocam suas marretas, a casa vai ficando bonita mas a dor de sentir nos ouvidos a rachadura ou o piso esfolado é terrível.
Sentir-se maravilhado é permanecer inquieto, descobrir todos os caminhos da felicidade, nem que a dor o desespere.
Nos melhores dias da minha vida, na nostalgia que semeou meu futuro tão empolgante, o acaso me cobre de felicidade por não imaginar o futuro, sentir os olhos, os dedos e os pensamentos semeiam o próximo tempo. Quem quer fugir comigo?

28 de mar. de 2010

Vou morrer em breve

Não há exageros. Enquanto penso, penso agora. Os dedos tão sensíveis às idéias craseadas. O que se guarda de tudo que viveu? O que viveu! Tão diferente de mim, além de todas as razões, as vezes prisioneiro noutras esperançoso.
O que guardar na cabeça enquanto me apaixono?
Desculpas sinceras, tão deprevadas, desculpas por saber muito com tão pouco, desculpas por sentir por tão pouco, por saber que isso é muito, por insistir que vale a pena descobrir o que há de mais sagrado em existir: você.

27 de mar. de 2010

Nuvens cheias no final de semana. Chorar é medo de continuar. Onde guardo as próximas horas? Estou na aula, estou longe de onde moro, está chovendo e fresco - um belo dia.
A professora discute sobre supermercados, os objetos levantam da prateleira e consomem todos os cérebros. Jorge Ben não envelheceu! Novos dias pensando em novas. Ser inconseqüente até ela sorrir pra mim!! Quero o que falta não o que sobra. Não estou perdido, sei dos séculos e dos meus sonhos. Por favor, deslize.

24 de mar. de 2010

TODA VIDA NA CARTOLA



Entre o olho e céu
O céu se faz escuro
Não existe milagres atrás de sonhos

Descobrir os pesadelos do tempo escuro na garrafa de vodca
o corpo que se decompõem sem medo

O pesadelo de ser humano

Descobrir milagres de angustia
Despertar o pesadelo do amor
As melodias de uma música sem futuro
Tantas pessoas, tantos objetos

O pesadelo de ser humano

21 de mar. de 2010

Verde fadas

Os tantos minutos perdidos ou ganhados em busca da libertação da cabeça e a desconstrução da realidade te deixa sensível pra perceber o que o mundo tem a oferecer a cada minuto. Ela tem seus compromissos e eu os meus, viver, trabalhar, perpetuar e morrer, sentidos exatos de qualquer vida, buscando ou não a inconstância, é necessário.
Sabe quando as mãos se tocam e o mundo ao redor se desliga pra uma única sensação?
Senti isso passando um isqueiro. Na hora nem foi tão irreal, mais ao sentar e fumar um cigarro lento e pensador, dá pra ter a sensação de que o portal abriu, a ligação foi feita, o caos foi autorizado, agora é esperar até o próximo cigarro.

20 de mar. de 2010

Acordar bem, sem dor nas costas ou na ressaca do dia anterior, acordar bem é muito chato. Ao levantar e não achar comida no fogão, o microondas vira deus em 2 minutos e transforma aquele Yakisoba gelado em um Yakisoba ao molho de requeijão derretendo.
Depois daquele almoço relâmpago e das novidades cyberespaciais, sinto vontade de escrever um texto mas a idéia não vem.
Os dias tão alegres e chatos, os dias tão chatos e verdadeiros.

13 de mar. de 2010

Tantas dores por falta de sentido, a solidão é um prato sem esperança, deixar ela na porta e entrar é abençoar o fim com todos os seus dilemas. Qual anuncio fazer pra que minha vida seja comprada por fins menos doloridos.
Cores já não me fazem rir, os olhos tristes e o bafo alcoolizado é saliva com sangue.
Quando se leva um soco na boca, quando os dentes se perdem podres é hora de recomeçar.
Os olhos inchados não mostram certas verdades, o pensamento tem que libertar para estar vivo, me sinto tão morto e com uma sensação de que o fim está tão próximo que nem deitado consigo descansar. Quero do tempo a minha calmaria e não a ansiedade, a tempestade e não a angústia. Hoje é um novo dia, nessa noite tão escura quanto meu futuro, penso em mudanças...esse futuro numa manhã de domingo cinzenta ou num sol depravado.

11 de mar. de 2010

Sem pensar muito, os minutos andavam.
Os dias viram cores ao amanhecer, os meus dias cinzas.
O desapego com todo universo, a sensação de que o fundo do poço é infinito.
Começou a rir enquanto escrevia a maior baboseira.
O acaso está aí e te espera de braços aberto...e que o poço seja fundo

7 de mar. de 2010

id ego pastel de frango

Toda noite no meu quarto uma sensação tão feliz. Uma do lado esquerdo e outro do direito. Uma sensação para dois lados. Como se fosse um, como se fosse um.
No cérebro o mundo inteiro. Tantas sensações de todos os tempos. Sinto o cheiro de sangue, tenho vontade de carne crua. Meus instintos, meus neurônios dinossauros.
Sinto cheiro da rosa. Chama tanta atenção que morre logo. Não digo que a atenção mata? A existência não vai até a morte. Nunca vi o pai do meu pai, avô. Sei que sua existência está em mim. Nunca vi hitller, jesus, freud, flinstone, fábio junior...tirando o fábio junior, sei que a existência deles está aqui.
Aí me pergunto.
Quem sou se
sou nós?

6 de mar. de 2010

tom zé

Estou vivo. Ao contrário de morrer, os pulmões são fábricas.
Não me canso de imaginar a miséria de existir. A rotatividade dos sentidos, enquanto respiro o universo na aula de pós. Por aqui eu sei de tudo, imagino tudo, só não consigo falar com quantas selvas se faz uma nova sociedade anti capitalismo. Cento e quarenta caracteres de desprezo. Adoro o surrealismo, o papa que morreu e os minutos que perco fazendo malabares no sinal. Algumas moedas, outras moedas, viver os dias pelo almoço. O professor é engraçado, seu amigo jonas é designer em um escritório. O sentimento da música são verdades infernais.