13 de nov. de 2009

Copo de água em cima da mesa

Mais do mesmo. Era assim toda vez que sentia seu corpo sensível sobre ela.
Fluídos, vagina, nada perturbava a memória daquela sensação desconexa de um longo período internado. O remédio, fruto do ordenado familiar, chegava na boca. Longas sensações, sensacional o jeito dela rebolar, antes ou depois do enterro, sua pele suada era comida por vermes de todos os tempos.
"NÃO TEMOS TEMPO PRA PENSAR O FUTURO"
O morto estava morto, jogá-lo fora?

Despejado, queimado em cinzas, tintas, luzes...
Poderia aproveitar melhor cada palavra cuspida, cada sensação, cada vontade.
Não sei o tamanho da morte, nem a dor atrás dos olhos de cada um...
Fotos de cemitério...passava sua vida perambulando por becos mórbidos. Nostalgia? Que nada! Pura ficção...é a vida que se encontra.

Desperdiçar sem medo, aproveite do futuro...as sensações sempre tão surrealistas.

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