21 de out. de 2009

PJ Harvey grita no som.
Na academia ao lado os meninos erguem seus cérebros ao topo maior dos movimentos repetitivos, exército de um novo tempo.
Conversas vão e vem pela internet, na câmera de vigilância o movimento do vento é desconhecido.
Tento acender um incenso que ganhei, tento até acabar todos os fósforos.
Penso no churrasco de ontem...e como a vida é desperdiçada todos os dias nas letras desse texto, imagino uma nova fase na vida de cada um e o que cada um busca. Imagino a minha vida, o sucesso que pode chegar ou não...
Penso no expresso Prata que leva e trás meu pai todo final de semana. Na missa que minha mãe assiste na televisão, no meu irmão mais novo sendo mimado, enquanto o mais velho descobre que nem só de dinheiro vive um homem.
Me perco no espelho e imagino transformações, escrevo pela terceira vez, isso já não é ansiedade, é descoberta. Descubro que há milhares de sensações em um único lugar...que os cogumelos não vão nascer na bosta que fiz hoje logo que acordei.
Me despedaço em centenas de produtos, me perco em todos os sonhos que busco e me recuso a aceitar um futuro de desgraças.
Os amigos são remédios...uns curam câncer e outros trazem câncer. O dualismo da mente, sempre alerta para a regra dos 3, Portshead aponta no som.
Há espíritos aqui, a peruca verde de festa de formatura está em movimento...balança com a música.
Estou perdido. 15h15...não tenho o que fazer...além de escrever.

Um comentário:

AMG AUTOMOTIVO disse...

Que lindo!
Cada momento está impregnado de sensações. Se pudéssemos desconstruir cada um deles, seria o big brother sem maquiagem.