Nós, barriga com buraco, resquício de todo universo.
Buraco, ozônio, estupro e satanismo.
Recordar um tempo, disco 2.
Estar dentro da eletricidade, transformar suco gástrico em melodias espirituais.
Óvulo fecundado, criação do feto, defeca pelo planeta, natureza? Ninguém faz idéia.
O meu macromundo é uma cabeça flutuante ao redor de todo o corpo.
Não há sensações que não conheça, experimentar fecunda toda barreira.
Nada vai permanecer até o fim. O começo é um recomeço, dejavus eterno.
Penso e sinto, da barriga ao cérebro, o mundo que gira e gira e gira.
Na poesia de Ferreira Gullar;
Glauber Morto
O morto
não está de sobrecasaca
não está de casaca
não está de gravata.
O morto está morto
não está barbeado
não está penteado
não tem na lapela
uma flor
não calça
sapatos de verniz
não finge de vivo
não vai tomar posse
na Academia.
O morto está morto
Em cima da cama
No quarto vazio
Como já não come
Como já não morre
Enfermeiras e médicos
Não se ocupam mais dele
Cruzaram-lhe as mãos
Ataram-se os pés
Só falta embrulha-lo
E joga-lo fora.
Um comentário:
estupro e satanismo à beira do rio aguapeí.
kkkkkkk
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