21 de out. de 2009

Disse?

Orgia cerebral
noite sem fim de sonhos
acordar pelas paredes
pelas tantas vacas
nos pastos, supermercados, carvão

comprar veneno
tomar seus medos
consumir o céu
entre o dia e a noite
no dia em que a chuva se faz sangue

relógio sobre a mesa
Os livros amontoados na estante
os vinis velhos e fedidos
a mensagem do celular
uma criação daquele niilismo
a poética da roupa preta
os sinais de trânsito
pensam diferentes pelo mesmo modo

Quero fugir daqui
do almoço pro cemitério
do dia de sol pra chuva
do meu pro seu

Lá na esquina não há paredes
nem dias ou data pra se perder
na encruzilhada de uma noite de sonhos
há navios sem efeito
que te leva
onde não há
aquilo que procura

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