29 de dez. de 2008

ousar pedir a atenção, mesmo quando calado num canto escuro manifesto a euforia e a raiva de um momento existente. A angústia não era a mesma desde quando resolveu não sentir mais. Tirou tudo fora. Nasceu, humano.
Deus, carne é sangue, puro osso. Água de uma natureza abundante poluída.
Era simples, sinônimo de zumbi.
Parou naquele canto, e penou pra chegar a primeira conclusão: o Nada.
Daquilo que não se construi ou não se pensa, ou se, subtamente, caísse do prédio, os sentidos todos mortos lhe davam resquício de um reinado maldito.
Ninguém te ouve, nem sente, nem qualquer coisa. Objeto sem conclusão, inexistência de um ser em decomposição, está todos, juntos com a terra, fingindo pensamento. Pessimismo é ignorância, isso é bem pior. Esperar...esperar a chuva do final da tarde ou os pássaros na manhã, é tudo mentira. A mentira que se disfarça entre sorrisos brancos ou bunda redondas engomadas pela imagem de um status basicamente ele mesmo.
Tirar a roupa para o banho, colocar a roupa pra sair, vestir, existir.
Quanto tempo ainda temos pra perseguir o velho caminho pra casa, da vagina pra vagina.
Todos juntos, unidos aos santos, celebram a vitória de um tempo. O ano novo que nunca chegou no arroz com lentilha, nem a paz mundial, nem a tristeza suicida, nem nada...o que importa nisso tudo...são idéia e palavras em um texto que nem mesmo tem começo, meio ou fim.

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