29 de dez. de 2008

Por favor, vá ao meu velório.
Rosas vermelho-sangue, crucifixo na parede, café sem adoçante.
Não precisa chorar, nem rir, apenas vá até lá.
Veja como é grande e mágico, sinta pena, ou fique maravilhado.

Espere o melhor momento pra dizer que foi culpa da obesidade, do acidente, da natureza.
Não leve flores, já está no pacote da funerária. Vou andar de carrinho de jogador de futebol, vai estar chovendo...

Mas não esqueça,...eu não estarei sentindo nada...nem mesmo vou saber que você foi.

Só há um momento, único e especial. Enquanto está vivo, enquanto é fruto de nada, anuncie a todo tempo suas tristezas e decepções. Não espere o sepultamento, a nova roda de tereré, a lembrança...reuna suas neuroses e fale...
Quem sou eu?

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