...abri o chuveiro e esperava tudo aquilo cair.
...sentado em cima do ralo pra água transbordar.... deixando o chuveiro levar..toda desgraça...
Foi lá que aprendi tudo que imagino entender até hoje.
O violão virava elétrico, a voz...a voz era um hino egocentrista...podia ouvir de tudo.
A primeira relação eu e minha mão, o primeiro contato com as fezes...o espelho franco atirador de dizeres sobre um eu desconhecido.
Quem me via de lá longe...não sabia quem eu era.
Foi quando...ao me deparar na porta...não tinha entrada para homens ou mulheres...
era meu...
Quando o piso molhava...só eu escorregava...quando desistia...era nele que ficava...
o boletim na escola, o choro da reprovação, trancado no banheiro não só caia a água...ventava.
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