14 de dez. de 2010

A visão do inverno, inferno céu de toda euforia pulsante nos pêlos do corpo todo.
Há uma criança sorrindo num canto escuro do quarto fedido de merda e esgoto. Pra que ligar? A existência é algo tão degradante que a melhor das desgraças é a euforia da vida.
Tem dias que acordo nublado e feliz, noutros sol e solidão. O desgosto é líquido e filtra os ruídos pra que a paz fique, pra que ela me deixe sobreviver, pra que possa respirar e por aí seguir na vida melodramática de um sentido apurado de confusões, ilusões, felicidade acima de tudo.
Sou a pessoa mais feliz do mundo e espero que esse presente seja consumido como uma floresta em chamas, uma lasanha de queijo ou simplesmente como num sorriso.