11 de nov. de 2010

Enquanto eu me despedia da saudade
Lá dentro da garrafa de absinto
Uma fada verde musgo transparente sorriu
e logo perdeu os dentes mordendo os dedos

O compromisso e o suspense
o tapa no rosto e a maldade do fim
num desespero simples de quem fez realidade
virar ilusão

Eu ainda guardo os quadros na estante
as fotos semeiam o computador de idéias
e se as escolhas fossem definitivas?

Queria um pouco mais de tempo
talvez mais um gole, um sorriso
a existência do pecado mútuo
a suave expressão de existir

Ímã não é sentido
sufocar o desespero
deixar o tempo ir embora
assim,

a pele tão macia
me puxa, me leva
tão iguais, tão pertos e
definitivamente
anjos