Enquanto eu me despedia da saudade
Lá dentro da garrafa de absinto
Uma fada verde musgo transparente sorriu
e logo perdeu os dentes mordendo os dedos
O compromisso e o suspense
o tapa no rosto e a maldade do fim
num desespero simples de quem fez realidade
virar ilusão
Eu ainda guardo os quadros na estante
as fotos semeiam o computador de idéias
e se as escolhas fossem definitivas?
Queria um pouco mais de tempo
talvez mais um gole, um sorriso
a existência do pecado mútuo
a suave expressão de existir
Ímã não é sentido
sufocar o desespero
deixar o tempo ir embora
assim,
a pele tão macia
me puxa, me leva
tão iguais, tão pertos e
definitivamente
anjos
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