13 de out. de 2010

Sobre o começo e o fim do mundo

Luz frenética nas pupilas ansiosas como os ouvidos atentos ao berro da guitarra. Na distorção da cabeça, no cérebro que se surpreende com os riffs, os gritos, os amigos, a vida na multidão de um caminho junkie.
A música é cérebro e êxtase, eterno sexo. Na imagem do movimento das ondas sonoras meu corpo é um recipiente da mais alta abertura e vontade de não perder tempo de sentir.
Os pés estão doloridos, as pernas também, as costas. Dor e cores, música e cheiro.
Estou em casa, penso em mudar certas coisas na vida. Daqui um mês perco minha fome, hoje já não vou fumar mais e a promessa que é dívida vai ser a busca de alguém que me compreenda, alguém igual a música, que chega e entra e modifica e fode com a cabeça.
Desisto da manipulação do romance, do sino de ouro pregado na porta do inferno, dos minutos assim tão degradados com a vontade sendo exprimida por conseqüentes negações.
Há um tempo pra sentir vontade, sentir saudade, sentir o céu e o inferno.
Hoje já não quero sair só, procuro pesadelos nos olhares das garotas e tento confortá-las com o mais duro e simples abraço. Alguém me diz que ama todas...eu, coitado, só quero amar uma.
O fim do mundo começou, meu discurso é de quem percebeu que ter consciência em sentir é ter exatidão nas coisas perfeitas do mundo, mas, nada é perfeito e os desejo andam atrás de todos os olhos.
A melancolia que toma conta de mim é saudade das coisas que se passaram e das coisas que vivo. É difícil estar bem o tempo todo, mas saber o que faz bem é ótimo. O A e o Z estão distanciados mas um não vive sem o outro.
Na realidade...o fim do mundo está na cabeça, não pela morte, não pelo fim, pelo novo.

3 comentários:

Anônimo disse...

óóóóóóóóóóóóóó

Akemi disse...

Ai, te mato!

Kiara... disse...

orra gordão....
falo tdim, tdim....