Luz frenética nas pupilas ansiosas como os ouvidos atentos ao berro da guitarra. Na distorção da cabeça, no cérebro que se surpreende com os riffs, os gritos, os amigos, a vida na multidão de um caminho junkie.
A música é cérebro e êxtase, eterno sexo. Na imagem do movimento das ondas sonoras meu corpo é um recipiente da mais alta abertura e vontade de não perder tempo de sentir.
Os pés estão doloridos, as pernas também, as costas. Dor e cores, música e cheiro.
Estou em casa, penso em mudar certas coisas na vida. Daqui um mês perco minha fome, hoje já não vou fumar mais e a promessa que é dívida vai ser a busca de alguém que me compreenda, alguém igual a música, que chega e entra e modifica e fode com a cabeça.
Desisto da manipulação do romance, do sino de ouro pregado na porta do inferno, dos minutos assim tão degradados com a vontade sendo exprimida por conseqüentes negações.
Há um tempo pra sentir vontade, sentir saudade, sentir o céu e o inferno.
Hoje já não quero sair só, procuro pesadelos nos olhares das garotas e tento confortá-las com o mais duro e simples abraço. Alguém me diz que ama todas...eu, coitado, só quero amar uma.
O fim do mundo começou, meu discurso é de quem percebeu que ter consciência em sentir é ter exatidão nas coisas perfeitas do mundo, mas, nada é perfeito e os desejo andam atrás de todos os olhos.
A melancolia que toma conta de mim é saudade das coisas que se passaram e das coisas que vivo. É difícil estar bem o tempo todo, mas saber o que faz bem é ótimo. O A e o Z estão distanciados mas um não vive sem o outro.
Na realidade...o fim do mundo está na cabeça, não pela morte, não pelo fim, pelo novo.
3 comentários:
óóóóóóóóóóóóóó
Ai, te mato!
orra gordão....
falo tdim, tdim....
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