11 de jan. de 2010

DEUS

DEUS maiúsculo feminino.
deus minúsculo masculino.
Me encontro perto dele, sem saber quem é.
O pincel mexe sozinho, pinta o universo.
E nada disso existe.
Peço que me apresente o cérebro.
Tem medo de dizer, que o inferno é aqui.
DEus com medo está com a fita métrica medindo o tamanho da solidão. Trinta e três milhões de metros que se vaga e acha tantas almas nos bares e quartos.
Comprou uma corda para o suicídio, se morrer morre todo mundo?
Ele espera que sim.
A corda está amarrada e diz olá.
Ele dá uma rezada pra ele mesmo e pede pra que possa ressuscitar.
Passa a eternidade no suicídio.
Esquece do tempo e vento.
O mundo está parado.
Não escuta mais as vozes dos fiéis.
Nunca escutou.
Vive nessa morte sem fim.
Não tem mais tempo pra sentir a solidão.
Não tem mais tempo pra sentir a solidão.
Não tem mais tempo pra sentir a solidão.
A repetição cria Hitler.
Hitler dá dinheiro até no cinema.
O churrasco nasceu ali.
Deus pede perdão.
Deus pede pro vento destruir tudo.
Deus pede pra corda funcionar.
Deus pede pra esquecer que é deus.
Deus desiste.
Deus está tomando pinga na sarjeta.
Sem memória.
Está pelado.
Hermafrodita aparece na televisão.
É ibope pro bizarro.
Leva uma facada da Associação antibizarrices.
Explosão de água e sangue.
O mundo é a bomba atômica.
O amor descarregado da metralhadora da palavra.
O verbo se faz carne.
O verbo se faz existir.
O verbo morreu.
Deus morreu, se esqueceu.

Um comentário:

Raul disse...

Fala Alemão,

Cara eu caí aqui muito por azar e achei esse DEUS muuito bom!! Correndo li Rotina e curti também, mas me dediquei menos à leitura.

Marquei nos meus preferidos e vou passar de novo com mais tempo prá dar uma olhada nos outros.

Não pára não pára não pára não, que tá bom!
raul