3 de dez. de 2009

Sim, disse quando nasceu, ao não engasgar com o choro.
Não, disse quando morreu, ao seguir pelas terras bíblicas poéticas.
Não, disse quando nasceu, foi obrigado a viver todas neuroses de um ser.
Sim, disse quando morreu, não vendo a hora de desconstruir cada célula.
Os dolares caindo nas contas, cada pessoa com seus centavos de valores, quanto custa um pedaço do seu corpo?
Se for gordura, numa redução de estômago ou numa lipoaspiração, talvez uns 10 mil.
Se fora pra colocar um silicone, tirar um câncer, trocar de sexo, etc...outro preço.
Os tempos chegam ao fim a cada ano. A roupa branca da paz, a cueca amarela, os tantos alimentos da sorte...e a vida tão longe de ser sinônimo de felicidade.
Enquanto um texto vai contra o outro, a felicidade continua sendo falsificada. O prazer em sentir dor, masoquismo de uma mente diária, a vontade de fuga, a rua que acaba e os sonhos seguem rumo ao cemitério.
Perdi a cópia da cópia das minhas chaves. Em um mês, deixei todas as portas abertas, deixei o tempo fluir como quem está adorando o dia-a-dia.
Via nos livros os escritores e suas drogas, seus dilemas de perdição e esperança, seus dias melancólicos, com muita alma e pouco tempo.

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