Tem dias que acordar não é uma boa escolha. O alarme tocou 7h45.
Eu não tenho medo da realidade, tenho raiva. O mundo todo em meu cérebro...e ele sem controle. Ela não diz adeus quando diz até logo, entre todas as conspirações do mundo, mais fraco do corpo é a ansiedade de que tudo se torne verão.
Ontem choveu aqui dentro, já não sei porque me despeço, porque é tão difícil deixar de lado todas as facadas de um passado. Cada louco na sua grande paródia da vida, sigo a minha com vontade de me manter nos sonhos.
Meu cérebro já perdeu da memória tudo que queria...mas o mundo é o outro...e pra que tudo acabe dando certo como nos contos de fada...a memória de todos deve ser apagada ou armazenada no quinto dos infernos.
Onze de novembro, me despeço, vou dormir até mais tarde...minha cama me abraça, me liberta, me consome...estar distraído não é algo tão bom...quando menos espera...lá atrás de tantas outras montanhas...a energia que acaba...a vontade se perde...a indecisão rompe com tudo...e tudo vira nostalgia da modernidade. A lágrima, suor. O medo, sonho. O tempo, vento.
A guilhotina fere meu pescoço.
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