23 de nov. de 2009

Segunda feira, o sol nem apoderou-se do dia, mas posso falar que já se faz segunda.
Vinte e três de novembro, sinto muito pelos dias tão rápido e sem valor. Não perdi meu tempo pensando no amor, nem na angústia. Essas coisas passam como o relógio que apita dizendo que já estamos nas 4 horas.
Perdido estou todo o tempo, não tenho vergonha de me sentir um perdedor, nunca disputei com o tempo seus pensamentos, só queria ser rotina, viver no vento, sentir a brisa.
Levo pra essa segunda um desejo pra toda vida. Tentar ter, pelo menos, quinze minutos de alegria por dia. Basta olhar sobre o céu, curtindo as estrelas, ou o homem privilegiado por poder sustentar merda na cabeça, ou a simulação de um atentado terrorista.
Eu não tenho desejos e vontades pra proclamar por aqui. Sinto sonhos, pesadelos. As vezes meu braço fica formigando enquanto durmo, uma pedra que não quer se virar pra não deixar o sonho ir embora...
Lembro todos os dias...dos poucos dias que passei...dos dias que vão chegar...dos dias em que começam e estou dormindo...do amanhecer reprimido pelas nuvens...da chuva que cai pela madrugada...no sentido sólido da vida, quero cortar sua cabeça, te jogar pela escada, sufocar no travesseiro, seus cabelos desmanchados, sua voz muda, os olhos fechados, fria, branca, pálida, pele morta, pela madrugada as ilusões, o sono na porta, o dia a dia da rotina sem fim atrás de ilusões permanentes, síndromes da vontade de ouvir a voz, tocar o joelho, beijar os lábios, perder tempo com tudo.

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