Os edifícios, tão longe dos meus pés, lá onde o céu já é encomodado, me desprende.
Preciso da praia, um mergulho de 1 minuto, olhos fechados, pensamento nulo, apenas desprendimento, enquanto todo o caos do mundo grita pra acudí-lo, enquanto tudo caminha pro nada...a cabeça mergulhada é libertação.
Não teria tempo de morrer, nem tempo de deixar todas as neuroses em um minuto, mas, vale por qualquer tratamento psiquiátrico.
Lá de longe avistei quem eu queria. Estava com roupas de frio, com medo da água. Sentou na areia e esperou que fosse até lá...Seus olhos, cor do deserto, permaneceu sem ouvir uma palavra, sem pensar em um futuro, sem sentir nada. Morri afogado, os minutos foram crescendo, de um pra dez.
Hoje escrevo do fundo do mar. Descobri quem estava lá, uma mulher tão sedutora, tão hipnotizante, sereia.
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