16 de nov. de 2009

Olhos fechados.

Quarto gelado, pelado na cama, sozinho, o cigarro queimado, o Whisky na metade.
O pensamento consumia minhas saudades. Tenho todos os dias pra odiar e apaixonar.
A natureza da vida é uma só: desperdício.
Perdi meu tempo deitado, perdi o tempo estudando, aprendendo na cabeça do público a melhor maneira de transformar a minha cabeça. Saí pelos cantos. Na rotina do final de semana, a rotina do álcool, o mundo sempre vazio, o cigarro ansioso. Dormir para acordar. Domingo, dia da preguiça. O telefone tocou por lá, podia falar não, sim, mas não falou nada. Sentir e não estar. Na voz e nos atos se descobre o futuro.
Lá no fundo dava pra ouvir: "Não deixe de insistir".
Temos todo o tempo do mundo, neste caso, o palhaço é humano. O palhaço ri das desgraças da vida e procura pela bala-flores dentro dos vasos dos cemitérios. Não sei a hora em que tudo vai apagar, talvez nunca apague, talvez nunca existiu.
Desculpe, pode me passar os guardanapos?

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