24 de nov. de 2009

No sonho eu matava uma pessoa que nem conhecia mas sabia de sua importância de morte para que minha vida pudesse continuar. Com um pandeiro nas mãos, esfolei seu rosto no chão até não escutar os pulmões do desgraçado desconhecido.
Em casa, meu cachorro morto, suicídio? Deixei ele tão solitário...é só arrumar um novo com o mesmo nome. Não há cura para quem não sente dor...só saudade.
Aproveite o resto de sua vida. Vou pulando do barco, deixando a onda levar. adeus.
Não há pior caminho do que o conhecido, os olhos já nem querem ver o perigo na frente. Está cedo pra perder qualquer vontade, está cedo pra tirar a roupa de guerra. O mundo é caótico, todos os sentidos e sentimentos dentro do pensamento roubado de livros e televisões coloridas. Pendurado nos postes, gastando da natureza a energia, iluminação de natal...só pras vendas aumentarem, o coração fingir estufar pela grande paz do final de ano. Não existe paz, se existir ela é inútil, não me perco em pesadelos sinistros, não sonho com forças em vão. Não há perigo ao mudar de direção, noutra direção, física quântica, filme do tarantino, cortar na testa o nazismo, marcar cada boi e sua boiada, suas roupas cada vez mais iguais, pesquisa eleitoral, fetos em decomposição no útero, o natal que vem chegando não me dá tristeza, não me dá alegria, já desisti do futuro, do passado, do tempo, do vento, da onda, do universo, do céu, do sol...os caminhos se cansam...o tenis cheio de lama...descalso estou, vou sair de bicicleta...me perder entre as estrelas...entre os tantos dias.

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