25 de nov. de 2009

Cansei das crises sem motivo. Do dia quente sem verão.
Não há melhor descoberta que o silêncio de um quarto escuro.
Escuto vozes debaixo da cama, entre tantas, nenhuma eu conheço, pelo contrário, não entendo nem a mim, imagine descobrir o outro.
A solidão é real pra qualquer um. Do mais apaixonado ao desleixado cortador de cana que acaba com a grana na mesma cana. No dia a dia, nos desejos que se reprimem, sufocados, neurotizados, se encontra uma sociedade que consegue ter uma razão comum. O trabalho, poder do objeto, o indivíduo, animal com cabeça fraca, as tantas nostalgias da vida.
Não consigo raciocinar minha imagem no espelho. A garganta cortada, os pulsos moídos, o cérebro coração de razão, memória de uma vida que poderia ser melhor ou pior.
Não existe o final, os desejos infinitos, os sentidos infinitos, só queria alguém pra me distrair por alguns minutos.

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