11 de nov. de 2008

existu

vestiu o short, a camiseta preta, a meia e o tenis para caminhar. Nos ouvidos o fone e pregado na camiseta, o mp3 player.
Tomou o remédio moderador de apetite e acelerador de destruição de gordura, tomou água.
Se esticou na escada, alongou as pernas, os braços, as costas. Pegou a chave do carro, o celular, o desentupidor de nariz.
Abriu a porta, sentou, ligou o carro, primeira, segunda, brecou...primeira segunda...brecou..chegou.
Desligou, abriu a porta, saíu. Fechou o carro, deixou o celular. O desentupidor e a chave estavam no bolso.
O sol torrava o rosto. A pele branca, suada e gorda.
Passo a passo o mundo foi reconstruído. Em 3 voltas ao redor do buracão, a perna não enviou nem um sinal, estava lá, fazendo o seu papel, caminhando como quem caminha numa fábrica. No pensamento a vontade de fazer um samba. "Lá onde o céu já não se encomoda..." tocava no fone...
depois de 45 min, fedido e desesperado...percebo a função do corpo. De que vale ser se não é. O sogro de um amigo morreu. A vó do meu outro amigo se suicidou. Aquele menino atleta está em estado de coma. Um dia me disseram que já sentiam nojo de mim...outro que me amava...outro que me odeia...outro que me adora...
Estou pronto mesmo? Pra sentar numa cadeira de roda? Pra ficar pregado numa cruz? Pra ficar na cama? no caixão? enterrado? Estou mesmo pronto? Quando tudo isso termina? Quando será o fim da busca? O que será de todos os meus? as minhas?
É quando deus se maniFESTA como uma "grande e úmida vagina". (buhougs)e com seu corpo molhado e acolhedor, te suga e sufoca para tomar o último gole de seu desespero!
UFA!

Já estou sentado. Digitando...os dedos traduzem pensamentos fragmentados...e de que vale tudo que se é escrito? Alguém aí está lendo?

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