1 de jan. de 2011

Os sonhos não existem, pensamentos criam e iludem a cabeça ao objetivo de existir.
A paz é suspensa na desgraça da eterna melancolia dos desejos explorados pelo mundo social e desumano. Virar pro lado e perceber a multidão que se tranca nas coisas fáceis é simplesmente ter a noção de que está cada vez mais fácil não existir.
O amor e seus restos humanos, a confiança perdida numa traição, um amor desgovernado apenas pelo sexo extremo e seus desesperos de vida, inteligência jogada no ralo.
O contexto é simples, precisamos sentir pra poder viver, não é um contato corpo a corpo ou o foda bem feito que leva ao paraíso. A classe operário nunca foi ao paraíso. A classe operária transforma porcas em carros, árvore em papel, amor em vômito. A classe operária está entre os milionário e suas putas bem pagas e a cachaça no bar. Não existe o amor senão o interesse de ter uma relação social estável e na duplicidade de carência os sonhos são apenas submissões de sofrimento agudo. O sofrimento estará sempre nos acariciando, suas manias de ter fé, pensamentos positivos, a bela ignorância de perder a realidade sem fabricar uma nova, apenas entrando no sistema, no dia do casamento, as alianças em cima da mesa, o padre homosexual, os padrinhos drogados, a prostituta de branco, a champagne que explode, pena não ser uma bomba.

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