23 de set. de 2010

Era estranho quando sentava e olhava pro céu enquanto viciava nas coisas eternas da vida. Meu joelho já quase dolorido e a dor no estômago do vômito das doenças e seus vícios, seus martírios desde o despertador ao olhos se fechando.
É chato morrer de tédio, penso que na teoria o céu seja apenas o vício. Morrer é esticar as alegrias, tristezas ao céu e lá permanecer até que morra de novo e continue, eternamente cristo.
Eu viciei em procurar vícios, procurar na lata de lixo ou no pote de ouro, no sorriso amarelo ou na família da televisão, nas melodias de um delinquente ou no romance de um índio. Sentir é viciar, vender um pouco das sua alma, célula, pensamento e receber do mundo os nutrientes para uma boa vida líquida, consumível, dejeto, gelada e viciante.

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