1 de jun. de 2010

A melhor dor do mundo

A violência dentro da garrafa. Foi isso que ele pediu quando pensou duas vezes se um soco vale mais que mil palavras. Claro que não vale. Nesse caso ninguém se cortou?
Ninguém, mas a energia continua. Poderia até ter sangrado, poderia até ter chorado, mais mesmo assim, a existência é um mero diálogo.
E gastei meu celular em doses de bom dia, gastei na vontade de fugir? Claro que não, a lembrança é a memória de agora, a memória que pode se perder na garrafada na cabeça.
Mais nem tive traumatismo craniano, nem sequer movi minha bunda do banco pra discutir. Medo? Talvez, medo de deixar de lado, de perder o que trago na memória, de não entender qualquer dilema que há de vir. E se por acaso tiver que escrever um livro apenas piscando o olho? Que o presente seja alegres lembranças daquilo tudo que há de vir. Que o presente me sufoque logo, me deixe assim tão encabulado, meio tonto, meio triste, alegre, perdido, apaixonado, odiando, gritando...
Pedi pra não morrer, pedi pelos longos cabelos que vão crescer, quero morrer cabeludo.

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