Aquele velho tocava seu piano. O bar calmo. A música composta para aquele final de semana estava libertando-o.
Na mesa logo na frente do palco, um menino. Seu pai o levava todas as noites para rir do velho, dizia que sua música não entusiasmava.
"Bom mesmo é Chopin" gritava da mesa.
O velho deu um intervalo, foi tomar o remédio de pressão e um gole de chopp. Lá no caixa o pai do garoto pedia para o dono do bar um momento para o filho mostrar os dotes artísticos. Ele aceito, era cliente.
O filho sentou no piano. Tocava Chopin como deveria ser tocada. A harmonia e dinâmica bem ensaiada e objetiva. O bar se animava, afinal, era chopin.
A música terminava, o velho voltava.
Com um olhar de felicidade, agradecia o garoto pela presença.
Ao se sentar, pegou o microfone e elogiou:
"Parabéns a esse garoto, ele já sabe tocar muito, faz as coisas como quem tivesse vivido na época da composição....o que lhe falta, apenas, é fazer música".
3 comentários:
Assim sendo, considerando que os velhos fazem o novo, e o novos fazem o velho,e os novos por sua vez sao a maioria, temos mais do mais do mesmo e menos do mais do novo. Mas nao se decepcione, quantidade nunca superou qualidade.
a criação envelhece pela eternidade
e a cópia da criação, morre quando nasce..
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